Em nota publicada na coluna Radar, da Veja online, o colunista Pedro Carvalho escreveu que o deputado federal Arthur Lira (PP), ao pressionar o presidente Michel Temer (PMDB) por cargos e espaços no governo, quer fragilizar o adversário de seu pai e atual senador alagoano, Benedito de Lira (PP), no pleito do próximo ano.

A questão é que o ministro do Turismo, Marx Beltrão (PMDB), é pré-candidato ao Senado Federal, em 2018, e, um dos principais adversários do senador na disputa que terá duas vagas em 'jogo'.  

Com isso, Lira (o filho) quer "abocanhar a pasta do Turismo" que é do também deputado federal Marx Beltrão. 

"Arthur Lira, líder do PP e, consequentemente, um dos chefes do Centrão disse ao jornal Estado de S. Paulo que ou muda Ministério ou não vota nada. Na realidade, há um interesse familiar na pressão de Lira. Ele pretende derrubar Marx Beltrão do Ministério do Turismo. Beltrão é candidato ao Senado pelo PMDB em dobradinha com Renan Calheiros. Hoje, em Alagoas, a outra cadeira de senador que será posta em disputa é de Benedito de Lira, pai do deputado do PP. Ou seja, Lirinha quer fragilizar o principal adversário do pai na disputa", publicou Pedro Carvalho. 

Em Alagoas

Por outro lado, no âmbito local, o deputado federal Arthur Lira (PP) deu o pontapé - de oposicionista - na disputa de 2018. No mês passado, Lira destacou o chamado "acordo branco" existente entre o ex-governador Téo Vilela (PSDB) e o senador Renan Calheiros (PMDB).

O parlamentar explicou - como são os bastidores - que 'ficou claramente definido isso na eleição de 2014, quando Vilela abdicou por toda a sua base de apoio para apoiar uma candidatura que não logrou êxito. 

Leia mais aqui: Oposição pepista: o recado de Arthur Lira foi para quem?

Portanto, como sempre escrevo neste espaço, a eleição de 2018  vem sendo antecipada e iniciada desde 2017. 

A famigerada "máquina de moer gente" da política é usada - desde sempre - para impedir aqueles que queiram ultrapassar os limites e vontades dos que estão no Poder. 

O jogo sujo, os acordos espúrios, as conversas de escritórios, troca de favores e o "toma lá da cá" serão - sem dúvidas - parte de uma eleição bastante disputada. 

Eis que, 2017, antecipa descaradamente - sem tergiversar - um dos maiores embates políticos-eleitorais em Alagoas. 

Ressalta-se, também, que ainda há muita gente com sede de PODER e com medo de perder o PODER. 

Será?

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