Se o que ocorre nos bastidores for - de fato - o palco da disputa de 2018, a ex-senadora Heloísa Helena (REDE), o deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) e o deputado federal Ronaldo Lessa (PDT) têm algo em comum.
Os três - provavelmente - disputarão uma cadeira na Câmara dos Deputados, com assentos lá em Brasília, tendo apenas Lessa como candidato à reeleição.
Pode ser que não, mas o eleitorado do trio é - praticamente - o mesmo na divisão dos votos de opinião (ou aqueles que mantêm coerência, consciência e justificativa ao votar).
Lessa, ressalte-se, faz um mandato merecedor de notoriedade ao elevar suas defesas como parlamentar a ganhar destaque, inclusive, nacionalmente. Sem esquecer, claro, de boa parte dos servidores públicos que são seguidores de Ronaldo Lessa desde a época em que ele foi governador.
Cunha, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), é um deputado que segue a linha de coerência voltada sempre a consultar seus eleitores. Com isso, ganhou brilho próprio durante seu mandato na Casa de Tavares Bastos e se patenteia como um dos melhores entre os 27.
Já HH mantém seu eleitorado fiel e tornou-se o nome da política alagoana que continua com a ética moral e preceitos políticos que não foram surrupiados, mesmo distante de mandatos. Todavia, pode atrapalhar os planos de muitos candidatos ao entrar na disputa eleitoral do próximo ano.
Ainda assim, nessa comparação público-eleitoral, dizem também que se encaixa o deputado federal João Henrique Caldas, o JHC, diante de sua imagem midiática explorada - principalmente - nas redes sociais.
Será mesmo? Veremos!
Por outro lado, ao que tudo indica, o pleito de 2018 será um dos mais difíceis em Alagoas. Quem quiser eleger-se ou reeleger-se terá que ter votos. Muitos votos! É o que já analisam os especialistas políticos no Estado.
Quem for disputar uma vaga à Câmara dos Deputados tem que angariar - em média - 160 mil eleitores para fazer o primeiro deputado federal numa coligação. Já para a Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) estima-se que acima de 56 mil votos elege o primeiro deputado estadual.
No entanto, o quociente (valor resultante de uma divisão) eleitoral deve aumentar em comparação ao pleito de 2014.
Lembrando que na eleição anterior, os vitoriosos foram JHC (PSB - 135.929 votos) - federal - e Rodrigo Cunha (PSDB – 60.759 votos) - estadual.
Portanto, sei que se Heloísa Helena, Rodrigo Cunha e Ronaldo Lessa foram disputar o cargo de deputado federal terão os mesmos (ou quase) votos dos eleitores considerados "formadores de opinião" nas maiores cidades - como Arapiraca, Palmeira dos Índios, Maceió e boa parte da região Metropilitana, por exemplo - que detêm esse público votante sem o famigerado 'troca de favor. ou toma lá dá cá'.
É o voto consciente, de reconhecimento público, e confiança.
Já o formador de opinião no marketing político...
"Não é aquele personagem com alto poder de consumo, mas aquele indivíduo com alto grau de percepção de sua realidade e alto grau de mobilização social - num clube, numa sala de aula, numa favela, num movimento social. Veremos o quadro partidário e político brasileiro evoluir - também no sentido moral - quando os partidos forem verdadeiramente abertos e democráticos, quando o processo eleitoral receber a força do voluntariado e da sociedade civil e, é claro, quando os partidos políticos e seus candidatos tiverem a consciência de que os eleitores já não desejam pirotecnia política e publicitária - mas apenas campanhas eleitorais honestas, planejadas e afinadas com o pensamento do cidadão comum", escreveu Marco Iten, especialista em marketing político e autor dos livros de Marketing Político 'Eleição - Vença a sua!' e 'Eleição de Deputados'.
Será?
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