Meu pai,Denônio Ferreira de Morais (Seu Louro), 59 anos, um dos mais antigos moradores da área amava essa Serra da Barriga e depois de tanta indiferença por parte dos governos desmotivou e foi embora para São Paulo, fazer a vida por lá.
O desabafo é da filha do Sr. Louro, que faz cerca de 20 anos mora na Serra da Barriga, em União dos Palmares,AL e vive na corda bamba de uma desocupação, por conta de uma ação do governo federal.
Na casa do Sr. Louro há um pequeno restaurante, o único lugar, em que turistas ou visitantes, ao aventurem a escalar a Serra encontram como ponto de apoio para uma refeição.
Na restaurante do Sr. Louro o visitante encontra simplicidade, acolhida e uma boa comida caseira. Destaque especial para tapioca com café.
A filha de Louro que ficou na casa reclama:-" Como vou servir almoço se não tem infraestrutura?
Tenho sonhos simples como construir um banheiro em minha casa e não posso. Tem senhor@s de idade que se levantam na madrugada para ir ao banheiro coletivo e correm o perigo de se acidentarem...
O ruim de tudo isso é que a gente fez um curso culinária africana, mas, não temos direito de colocar em prática. Bem diferente das pessoas que chegam de fora e tem todas as regalias e nós que estamos aqui faz tempo, somos ignorados.
Quem vai nos indenizar por todos esses anos de cuidado e preservação da Serra? Somos nós que ao longo desse tempo guardamos e zelamos por essas terras. A gente vai sair com uma mãe na frente e outra atrás?"
Quem responde?