No sábado,21/10,a Associação de Desenvolvimento da Comunidade Remanescente do Quilombo de Carrasco,localizada na zona rural de Arapiraca ,AL,com o apoio do Instituto Raízes de Áfricas realizou a celebração da criança quilombola.
A atividade coordenada por Genilda Queiroz, líder quilombola e presidenta da Associação contou com uma programação vasta e reuniu cerca de 200 pessoas, que reafirmaram o exemplo de resistência da comunidade quilombola.
A ação aconteceu no Quilombo de Carrasco, que tem seu nome originado de uma árvore muito abundante. Desde 2008 o Quilombo é certificado pela Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura (MinC) .
E durante a festa teve apresentação musical com o Grupo Vozes Pretas da Periferia/ Instituto Raízes de Áfricas. A menina Milena Correia,a os 11 anos, cantou e encantou o público, acompanhada do Alisson, ao violão. Mirian Soares, vice -presidenta do Instituto Raízes de Áfricas e Amanda Duarte realizaram performances poéticas.
Teve brincadeira de ‘Quebra-pote. Teve oficina de desenho. Teve distribuição de brinquedo. Teve distribuição de lanches.
Genilda Queiroz em agradecimento afirmou que sem o apoio do Instituto Raízes de Áfricas a festa não teria acontecido. E a coordenadora Arísia Barros acrescentou que: "O apoio às festividades no Carrasco é uma forma de unir lutas em torno de uma causa comum: o combate ao racismo"..
O ponto alto das comemorações foi quando a quilombola, Sophia de dois anos segredou para Amanda Duarte , uma preta dona com um Black poderoso:- Meu cabelo é igual ao seu, mas, minha mãe prende e eu não gosto que minha mãe prenda meu cabelo
E Amanda fala em experiência: “Cada experiência que me foi proporcionada, não foram ensaiadas, imaginadas... E me surpreendeu de uma forma que me fez e me faz querer voltar mais vezes ou ter outras vivências das mesmas... Porque é lindo, é luta, é resistência, representatividade, identidade e principalmente AMOR.”
O depoimento da menina consolidou o propósito da ação que foi conciliar o lúdico com o ativismo no despertar de identidades e pertencimento.
Valeu, Sophia!