Conversei ontem, 06, com o deputado federal Givaldo Carimbão (PHS) - na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) - após a reunião com os prefeitos alagoanos sobre a realidade financeira das cidades em Alagoas. 

Ao ser questionado sobre o que poderia ser feito para ajudar os municípios alagoanos, como representante na capital federal, o parlamentar não se esquivou em responder. 

"Representar o povo alagoano para mim é tirar o Temer. Fora Temer! Tudo isto aqui [a respeito da reunião sobre a crise financeira] está baseado no Governo Temer. Montou uma quadrilha, onde as malas estão nos apartamentos pessoais, e as Prefeituras quebradas. Como é que pode cortar 97% do dinheiro do social, enquanto o Brasil está crescendo economicamente? Na contramão da crise política do país, a economia tem crescido de alguma forma. E o Governo Federal cortar dinheiro da Educação, Ação Social, Meio Ambiente para fiscalização, Saúde e Segurança Pública? Isso é um crime o que o Temer faz com o Brasil", disse o deputado. 

Como forma de pressionar o Governo Federal e "alertar" sobre a situação que passa os municípios, Carimbão disse que a solução seria que eles ( os prefeitos) fossem a Brasília pressionar Michel Temer.

"Os prefeitos têm mais é que ir para Brasília dizer aos deputados que votam com o Temer, que não sou eu, para salvar os municípios. Salve o Brasil! Se no superávit [aquilo que se ganha (receita) e aquilo que se gasta (despesa)] o déficit é de R$ 169 bilhões, que aumente esse déficit, mas não quebre os municípios. Ou seja, todos os setores [saúde, educação, Cras e demais programas federais] ligados às Prefeituras estão comprometidos", completou. 

Na oportunidade, o deputado reiterou que a melhor solução para o Brasil é tirar Michel Temer do Planalto para que os gestores tenham uma nova relação com o Pacto Federativo, como também, com um novo presidente da República. 

"Os prefeitos devem pleitear com os deputados que votam com Temer. Forçar os deputados. A melhor solução para o Brasil é tirar o Temer. Alguém diz: Não!, deixa terminar [o Governo Temer]. Terminar uma quadrilha? Vai terminar o Brasil. Então, acho que os prefeitos tem que ir lá [Brasília], brigar e tirar o Temer para que a gente pudesse, como disse o prefeito Joãozinho Pereira, ter uma nova relação com o Pacto Federativo e com um novo presidente da República", conclui Givaldo Carimbão. 

Vale destacar que, Carimbão, foi o único parlamentar que apareceu de repente - na sede da AMA - para dialogar com os prefeitos. 

Por fim, a diretoria da AMA apresentou dados em que considera "uma triste realidade para os municípios".

Entre os números mostrados, por exemplo, estão:

-  O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e as transferências para execução dos programas federais também estão sem reajuste ou com correções abaixo da inflação; 

- Subfinanciamento dos principais programas como a merenda escolar (PNAE) que remunera em apenas R$ 0,36 dia/aluno do ensino fundamental, o transporte escolar (PNAT), R$0,65 aluno/ dia com base em 20 dias letivos; 

- Cerca de seis mil famílias foram excluídas do programa Bolsa Família por causa dos cortes feitos pelo MDS que está com atraso de repasses desde 2016;

- O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o orçamento de 2017, entre agosto e dezembro foi contingenciado em 70% e o corte anunciado para 2018 eleva o percentual para 90% em relação a 2016;

- O Estratégia Saúde da Família (ESF), criada pelo governo federal, porém executada integralmente pelos Municípios, tendo como incentivos mensais de custeio valores de R$ 7.130,00 a R$ 10.695,00, conforme a modalidade. No entanto, o custo médio de uma equipe equivale a R$ 32.156,60 para os cofres municipais.;

- O piso da Atenção Básica a defasagem é de 31,3%. Agentes Comunitários e de Combate a Endemias (ACS e ACE) têm 25,7% de defasagem. A Assistência Farmacêutica Básica (AFB) 58,6% e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) com defasagem de 41,7%.

Veja também o vídeo abaixo. 

É o Governo Temer, com menos de 5% de aprovação, administrando Brasil. 

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