Nos dias 24 e 25 de agosto a missão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmera Federal esteve em Maceió,AL buscando discutir "Direitos Humanos e a Violência Contra a Juventude Negra", em Alagoas.

Uma das ações da Comissão  aconteceu na Associação do Conjunto Paulo Bandeira, bairro  Benedito Bentes II, com moradores de uma das periferias mais vulneráveis da capital.

Na plenária tinha muitas mães e jovens da periferia  que ocuparam o território da fala, indignação e cobraram soluções ao município de Maceió e ao Estado de Alagoas, para pôr fim  ao sangue derramado, continuadamente, em seus espaços.

Genocídio da juventude pobre e preta! -diziam muit@s.

 Um palco privilegiado,como também uma oportunidade significativa de escuta e  aprendizado , “in loco” para  que os entes federados discutirem com a comuniadde sobre os fatores de risco,os fazeres e saberes do povo jovem e etc e tal,  mas, a Secretaria  Adjunta de Estado e Juventude não se fez presente.

As mães mostraram a desolação n’alma e os corpos agonizantes cheio de sangue de seus filhos. Mexeu com uma. Mexeu com todas, mesmo?

E a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos não esteve lá.

As pessoas presentes falaram da gravidade e morbidade da criminalidade nas grotas.

Falta saúde.Falta educação. Falta emprego. Falta sossego.

As populações segregadas do Benedito Bentes, como populações étnicas segregadas falaram da urgente necessidade de políticas públicas.

-Segurança Pública não é só responsabilidade  da policia-disseram tant@s.

Foram muitas vozes, enchendo espaços sintomáticos de medo,  sintetizadas na fala da líder comunitária: "Se a gente não se juntar e mostrar que a lei que existe para rico é a mesma que acoberta os pobres. Se a gente não se posicionar, deixamos de existir."

As populações segregadas do Benedito Bentes fizeram um protesto social e étnico, Excelência.

E o Estado não esteve lá para ouvir.

Por quê?