A II Conferência Nacional de Saúde das Mulheres acontece,no Centro de Convenções Ulisses Guimaraes, em Brasília desde a quinta-feira até o próximo domingo (20).
A II Conferência Nacional de Saúde das Mulheres está discutindo a implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres e as políticas de equidade das populações negra, LGBT, em situação de rua e do campo.
Reunindo cerca de duas mil pessoas, na sua grande maioria mulheres, a Conferência junta gente dos muitos cantos e recantos diferentes, desde o quilombola da Bahia às indigenas de Belém do Pará. Do Yapoque ao Chuí...
A mesa de abertura da solenidade, na noite dessa quinta-feira (17), presidida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-RR) foi composta por uma multidão de pessoas, e seguiria os conformes de uma abertura festiva, se o script tivesse sido combinado com as milhares de mulheres presentes. Mulheres sufocadas pelo grito preso na garganta contra o desmonte do SUS.
Quando iniciou sua fala o ministro da Saúde, além de se ostensivamente vaiado pelas participantes, foi hostilizado pelas mulheres que ficaram de costas, durante seu discurso de 15 minutos. Ignorando as vaias, o ministro prosseguiu com a fala e, ao fazer anúncios foi chamado de “mentiroso”. O gesto foi complementado com os gritos de "Golpistas" e "Fora Temer."
A minifestação contra o ministro Ricardo Barros foi a demonstração do termômetro da insatisfação popular com o sistema político em vigor, insatisfação das milhares de mulheres e usuários do Sistema único de Saúde, que faz críticas severas a gestão de Ricardo Barros. Segundo as participantes, o ministro, tem como único intuito acabar com o SUS e privatizar a saúde, deixando às populações mais pobres à mercê dos planos de saúde, ou da morte-complementou outra.
E a pergunta que não quer calar: Por quê a grande mídia finge não ver e silencia diante da gigantesca manifestação de milhares de mulheres, que assumiram a voz do protesto popular contra a gestão do Governo Federal , na II Conferencia Nacional de Saúde das Mulheres, em Brasília?
Eis, a grande questão.

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