A posição do Senado acerca da crise na Venezuela pode ser definida nesta terça-feira, 15, quando devem ser apreciados dois requerimentos: um voto de censura a Nicolas Maduro, proposto pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES) e o pedido de criação de uma comissão externa, a ser presidida pelo senador Fernando Collor (PTC), para visitar o País na tentativa de auxiliar o diálogo entre governo e oposição.
A informação é da Agência Senado.
Na semana passada, Collor reagiu ao voto de censura, afirmando que, caso ele seja aprovado, a criação da comissão perde o sentido: “Como poderemos ir à Venezuela numa missão de bons ofícios, caso também seja aprovado um voto de censura? Será uma discrepância de atitudes, uma contradição... Devemos optar por uma coisa ou outra”, afirmou, durante reunião ocorrida na Comissão de Relações Exteriores (CRE), presidida por ele.
Collor também criticou o fato de o Brasil estar entre as 12 nações americanas que assinaram, em Lima, no Peru, uma declaração oficial afirmando não reconhecer o atual processo constituinte na Venezuela. Para ele, a eleição seguiu “rigorosamente os parâmetros constitucionais”.
O senador defende o caráter "neutro" que a comissão deve ter, agindo apenas como uma via de aproximação entre governo e oposição na Venezuela.
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