Não tem sido nada boa a relação entre o prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (PSB), e a Câmara Municipal de Vereadores.
Em apenas sete (7) meses de gestão, o "imperador" vem enfrentado sérios problemas administrativos e, para completar seu início de mandato, entrou em rota de colisão com o chamado G-10 (grupos dos 10 vereadores) que se rebelaram contrário ao prefeito.
Formado pelos vereadores Abraão do BMG (PRTB), Agenor Leôncio (PSB), Cristiano Ramos (PDT), Fábio Targino (PEN), Joelma Toledo (PMDB), Maxwell Feitosa (PMN), Madson Monteiro (PHS), Pedrinho Gaia (PMDB), Ronaldo Júnior (PROS) e Val enfermeiro (PMN), o G-10 foi chamado pelo prefeito de "patota".
Já o G-5, a favor de JC, é formado por Adelaide França (PMDB), Toninho Garote (PP), Júnior Miranda (PSL), Dindor (PRTB) e Fabiano Gomes (PSC).
Em discurso oficial no evento da Prefeitura, JC saiu para o ataque contra os parlamentares que reclamaram por não serem atendidos - leia-se requerimentos e solicitações - pelos secretários municipais da administração local.
Por conta do discurso contra o G-10, o mal-estar foi formado entre os Poderes Executivo e legislativo.
"Não espero coisa boa. Não espero coisa boa! Aquela Patota não serve para trabalhar comigo e não é para ajudar Palmeira. Vocês vejam nos próximos dias ou nas próximas semanas. Quem quer trabalhar com o prefeito. Quem quer trabalhar com o governo. Dar às mãos com o governo. Vem junto comigo trabalhar com Palmeira. Não fica de patota tirando fotos. Porque vereador não foi feito para ficar em rede social não. Inclusive, tem um do meu partido que é o Agenor. Eu disse pra ele: Não estou satifeito com a Patota que está sendo feita na Câmara Municipal", disse o "Imperador".
Como resposta ao prefeito, os parlamentares intitulados de "Patota" fizeram da sessão ordinária de ontem, 02, uma verdadeira "lavagem de roupa suja" contra-atacando o gestor palmeirense.
Um deles, inclusive, foi Agenor Leôncio (PSB) que - além de ser do mesmo partido - foi o primeiro a defender, em 2016, a candidatura de JC à Prefeitura de Palmeira dos Índios, como também, foi citado pelo prefeito no discurso.
Na tribuna da Câmara de Palmeira, Leôncio mandou recado para o prefeito ao chamá-lo de "ingrato, covarde e que teve a coragem e a petulância de dizer ele era o líder da 'Patota'". Além disso, Agenor lembrou que ajudou a elegê-lo e deu sustentação ao nome do gestor na disputa pela Prefeitura.
"Prefeito Júlio Cezar: um prefeito que ajdei a eleger. Um prefeito que eu fiz por ele o que jamais faria por mim. Saí de um partido para dar sustentação a ele quando, naquele momento [2016], se sentia fragilizado. Minha gente, gratidão são poucos que sabem o que é isso. Prefeito Júlio Cezar, foi ingrato com o vereador Agenor Leôncio. Vereador que deu o sangue. Hoje está prefeito [JC] mas tenho certeza que deve ao Agenor Leôncio, uma das pessoas que abraçaram sua causa. Estou triste por ter ajudado muito esse moço que teve a coragem e a petulância de dizer que sou líder dessa patota. Minha gente, um prefeito que vai na via pública e chama os vereadores que dão sustetação a ele de Patota, mostrou o grau de incompetência", desabafou o vereador.
Em outro trecho do discurso, o vereador do PSB comentou ainda que o prefeito prometeu coisas mirabolantes e que nunca pediu nada a ele. Porém, ressaltou que terá o momento de conversar de homem pra homem, olho no olho e com a presença dos vereadores chamados de "Patota".
"Prometeu [prefeito] coisas mirabolantes! Nunca pedi a ele nada. Se ele tiver a petulância de dizer que pedi é mentira. ele que chegou dizendo que eu seria presidente desta Casa. Gente, covardia tem limideidte! Jamais seria capaz de pegar o microfone prá dizer que vocês [vereadores] são patotas. Não é fácil pra mim que me dediquei àquele moço (o "imperador"), que hoje é prefeito desta cidade. Estou magoado! Mas vai chegar o momento que vou conversar de homem pra homem, olho no olho e com a presença de vocês", finalizou Agenor Leôncio.
Todavia, repito o que sempre disse aqui no Blog: entre promessas e mais promessas, cargos comissionados nas mãos de alaguns vereadores, familiares sendo beneficiados e uma gestão que usa o marketing-político-eleitoral para que a população subentenda que o gestor trabalha, todavia, são apenas alguns apontamentos negativos do modelo JC de administrar.
É fato afirmar que o "O Poder não muda as pessoas. O Poder apenas revela e potencializa os defeitos de uma pessoa".
Por fim, é o prefeito que foi eleito por 23.786 (64.62% votos válidos) dos palmeirenses e esqueceu que também passou quatro anos fazendo parte do que hoje ele chama de "Patota".
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