Braga Neto, juiz titular da 16ª de vara de execuções penais da capital, em Maceió,AL participa do 1º Conversa nos Bastidores, que acontece nessa terça-feira, 25 de julho, no Presídio Santa Luzia.
A ação traz como objetivo estabelecer espaços de diálogo e reflexão sobre o Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela, reafirmando espaços de direitos para mulheres privadas de liberdade, seja nas prisões, nas ruas, quilombos.
Dados no Presídio Santa Luzia apontam que 89% das mulheres presas são pretas.
E a pergunta que devemos fazer é: Por que no encarceramento em massa, o grande percentual de pres@s são pard@s ou pret@s?
Segundo a coordenação do Instituto Raízes de Áfricas, a participação de representante do judiciário surge como uma das demandas propostas pelas presas, durante a 1ª Conferência Livre da Saúde das Mulheres Encarceradas e a Conferência Livre de Promoção de Políticas da Igualdade Racial, ação inédita do gênero no país, ocorrida dia 21 de junho, no Presídio Santa Luzia, e, é de suma importância na criação de novas pontes e outros diálogos.
Segundo a programação o 1º Conversa nos Bastidores terá ações no período de dia 25 a 27 de julho.
Programação:
Dia: 25/07
Horário: 9 às 15h30
Local: Presídio Santa Luzia
9h- Credenciamento
9h30- Café de acolhimento
10h- Abertura
Composição da mesa de abertura:
Apresentação afro-artística:
Leitura dramatizada: Eu sou uma mulher preta, de 10 anos- Stephany Mayara- estudante, modelo
Teatro-dança- O Silêncio das Panelas- Miguel da Conceição- Ator-Bailarino- Ativista das causas negras
11h- Primeira Conversa : Devolutiva da 1ª Conferência Livre da Saúde das Mulheres Encarceradas, Conferência Livre de Promoção de Políticas da Igualdade Racial e 1ª Conferência Estadual de Saúde das Mulheres.
Conversadeiras:
Arísia Barros- Idealizadora da I Conferência Livre e Coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas
Maria das Dores Miranda - 1ª Reeducanda escolhida pelo voto popular a representar Alagoas na 2ª Conferência Nacional de Saúde das Mulheres.
11h- Segunda Conversa -
Os Direitos das mulheres por trás das grades e portas fechadas.
Conversadeira: Paula Simony Lopes- Advogada- Escritório da Mulher
11h50- Leitura dramatizada: Retalhos de Palavras
Autoria/ apresentação: Mulheres do Presídio Santa Luzia, em Maceió, AL
12h- Pausa para o almoço
14h- Oficina de Escrevinhação: Composição coletiva: Carta à Mulher que existe em mim.
15h- Leitura dramatizada: Retalhos de Palavras
Autoria/ apresentação: Mulheres do Presídio Santa Luzia, em Maceió, AL
Encerramento.
Dia: 26/07- Dia da Avó
Horário: 9 às 12h
Local: Quilombo de Santa Luzia do Norte, Alagoas
9h- Abertura
9h30- Leitura dramatizada: A Paz é branca
Miriam Souza- feminista e representante da juventude negra, em Alagoas
10h- Mulher Quilombola : Ancestralidade e resistência.
Representantes da Comunidade quilombola de Santa Luzia do Norte.
10h30- Segunda Conversa :
Toda mulher quilombola é preta?
Arísia Barros- professora, ativista das questões raciais, coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas
11h- Oficina de Escrevinhação:
Composição coletiva: Carta para mulher quilombola que existe em mim.
12h- Encerramento
Dia: 26/07
Horário: 15 às 17h
Local: Núcleo de Internação Feminina/SEPREV
Público alvo: Meninas Socioeducandas
15h- Abertura
Leitura dramatizada: Eu sou uma mulher preta, de 10 anos- Stephany Mayara- estudante, modelo
15h10- Soma de Afetos: Senta aqui e vamos falar de nós”-Conversa da mulher reeducanda com meninas socioeducandas.
Conversadeira: Maria das Dores Miranda-
15h30- Debate ampliado.
16h- Oficina de Escrevinhação:
Composição coletiva: Carta a Minha avó.
Dia: 27/07
Horário: 9 às 12h
Público alvo: Mulheres de rua
Atividade livre