A pesquisa dialogando com a negação da pretitude nas crianças pequenas, de uma escola, na cidade de São Paulo.
A pesquisa foi apresentada pela professora no 3º Seminário Luso-brasileiro de Educação de Infância/Educação Infantil (2º SLBEI), Maria Walburga dos Santos, da Universidade Federal de São Carlos e do Fórum Paulista de Educação Infantil (2015-2018).
O 3º Seminário Luso-brasileiro de Educação de Infância/Educação Infantil é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal de Alagoas (UFAL), representada pelo GEPPECI (Grupo de Estudos e Pesquisas em Pedagogias e Culturas Infantis) e a Universidade do Minho (Braga/Portugal), através do Centro de Investigação em Estudos da Criança (CIEC) e aconteceu de 3 a 5 de julho, 2017.
Três crianças (que socialmente poderiam ser declaradas brancas) se autoclassificaram como brancas. Treze crianças se autodeclararam brancas. Zaki (preto) se declarou preto, mas depois se disse moreno, o que mostra uma dúvida por parte da criança, sobre a categoria em que se enquadra. Taú preto (questionou) preto, ué!, como se dissesse “não está vendo?!”
Uma criança interferiu na discussão e afirmou:- A cor de Taú é marrom. Outra criança ressaltou: a cor dele é branco escuro. Zaire (preto) se assumiu como moreno. Aziz (preto) se declarou marrom.
(Gina (preta) ficou em silêncio.Sanya ( parda) e Abdu (preto) se autodeclararam vermelho.
Nessa turma tinha um total de 20 crianças classificadas pela pesquisadora como pretas e pardas e três crianças, que ao olhar do outro poderiam ser classificadas como brancas, porém a professora da turma as classificou como parda, talvez pelo fato de conhecer os pais e saber da ascendência racial das crianças.
Fonte: ( Sousa , 2016, pag 165)