Homilia do padre italiano Alisson, no domingo 21/05,durante a Missa Conga em Honra aos Mortos da Raça Negra, no Quilombo de Marimbondo, na cidade Carmo de Cajuru, localizada no centro-oeste mineiro.
A ação fez parte da agenda de lutas da I Jornada dos Desafios Abolicionistas do Século XXI.
Iniciativa da ativista mineira, Maria Catarina Laborê, em parceria com o Instituto Raízes de Áfricas, a série de ações da I Jornada mobilizou, aproximadamente, em torno de 700 pessoas, que participaram de rodas de conversas, palestras , encontro com o Movimento Unificado Negro de Divinópolis- Mundi, missa no Cemitério dos Escravos, diálogo no parlamento municipal.
A ação teve apoio do SindUTE,Fóruns Regionais,Irmandade Nossa Senhora, MUNDI, em parceria com o Instituto Raízes de Áfricas, Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, Governo do Estado de Alagoas
“O conhecimento tem que está associado à sabedoria, pois a sabedoria traz liberdade.
E para caminhar através da história é preciso conhecimento e sabedoria. Os dois juntos.
Quando o conhecimento falha a sabedoria dá suporte.
A nossa beleza está em reaprender aquilo que é nosso.
A fé não é maior do que a razão.
Juntar razão e fé é possível.
Aquele que acredita, vive sempre buscando novos conhecimentos.
Agora rezemos pela cultura que representa uma grande parte da história do Brasil.
Identidades que, muitas vezes, é desrespeitada por gente do país.
Rezemos com os santos negros: Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das Mercês, Santa Efigênia, São Benedito e por todo o sangue derramado na luta da raça negra.
Rezemos pelo Rei Ambrósio do Quilombo do Campo Grande, que muito fez pela raça negra.
O macro da Igreja é a Cruz, e a Cruz não pode ser opressora.
A Cruz tem que libertar.”