Sempre foi - desde o início - cada dia mais 'indesejável' o formato de implantação da Zona Azul em Maceió. O tema foi levantado por este jornalista aqui Portal Cadaminuto.

No início deste mês, a SMTT tentou implantar placas de sinalização na Rua Professora Edith Brandão Nogueira, que fica ao lado do Hipermercado Gbarbosa, com o objetivo de cobrar dos moradores para estacionar na porta dos prédios.

A matéria ganhou repercussão e, posteriormente, a própria SMTT enviou nota à imprensa cancelado a implantação nas ruas do Stella Maris.

Leia aqui: SMTT implanta Zona Azul em mais uma rua e gera insatisfação

A Zona Azul permanecia na capital alagoana por conta que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) manteve, por unanimidade, a decisão do presidente Otávio Leão Praxedes que permitiu a implantação em Maceió. 

Contrário ao projeto, o vereador Silvânio Barbosa (PMDB) comunicou também que solicitou à Câmara de Vereadores de Maceió uma audiência pública que deveria acontecer nesta quinta-feira, 25, às 9hrs, para debater com orgãos responsáveis sobre a implantação da Zona Azul na capital alagoana. 

Desde que o Ministério Público de Contas (MPC), por meio da sua 5ª Procuradoria de Contas, expediu ofícios ao prefeito de Maceió e ao Superintendente de Transporte e Trânsito do Município de Maceió (SMTT), recomendando a imediata suspensão da execução do sistema de estacionamento rotativo pago na capital alagoana, o problema foi se agravando imediatamente.

Segundo o MPC, além da ausência de lei que estabeleça a remuneração pela utilização de bem de uso comum do povo, aspecto já discutido nos autos da Ação Civil Pública nº 0800347-73.2017.8.02.0001, ajuizada pelo Ministério Público Estadual, foram verificados indícios de irregularidades que viciam a definição do preço na contratação da empresa responsável pela venda dos créditos e fornecimento de software e equipamentos, o que se deu através do Pregão Eletrônico nº 01/2015. 

Audiência na Câmara

Já a Prefeitura de Maceió, através do superintendente Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), Antônio Moura, havia enviado ofício convocando uma reunião do Conselho Municipal de Transportes Coletivos para ampliar a Zona Azul em Maceió. 

A audiência estava marcada também para o dia 25 de maio. Sem avisar à Câmara de Maceió, que já havia agendada a audiência pública para debater o assunto, o Conselho Municipal de Transporte ainda foi alvo de críticas por parte dos  parlamentares na sessão ordinária da última terça-feira (16). 

Clique e veja: Após polêmica, vereador solicita audiência pública para debater Zona Azul

Entre os vereadores, o sentimento é de que o prefeito Rui Palmeira (PSDB) precisaria rever a criação de matérias sem passar pelo crivo da Casa de Mário Guimarães. Além da expansão da Zona Azul, também causou estranheza o fato de o Conselho Municipal de Transporte querer discutir a proibição para transportadores alternativos intermunicipais continuar circulando dentro de Maceió, com passageiros da região metropolitana da capital.

Resultado da Imprensa

Todos os fatos e detalhes citados acima levaram -  imediatamente - a SMTT a suspender o contrato com empresa responsável pela cobrança da Zona Azul. 

Leia: SMTT suspende contrato com empresa responsável por cobrança da Zona Azul

“Com o objetivo de esclarecer possíveis dubiedades levantadas pelo Ministério Público de Contas do Estado de Alagoas, no procedimento administrativo, acato a recomendação emanada pela Douta Procuradoria de Contas, determinando, até ulterior deliberação, suspensão dos efeitos do contrato”, diz a decisão do superintendente Antônio Moura. 

Portanto, de certa forma, estava uma verdadeira "incoformidade" a implantação do projeto de Zona Azul que desagradou a maioria dos maceioenses que procuravam estacionar na região do Stella Maris. 

Este blog, assim como toda imprensa que mostrou os erros da Zona Azul, cumpre o papel de prestar serviço aos maceioenses e alagoanos.

Neste espaço, iniciei a discussão mostrando que seria errado a SMTT cobrar estacionamento em frente aos prédios próximos do Harmony Center. Já não bastasse no Harmony, a SMTT queria expandir para prédios residenciais.

Um absurdo! Foi cancelado! Graças!

Mas fica meu registro para dizer que o bom jornalismo presta um grande serviço à população. Apesar que tem político "pegando carona" (via redes sociais é só observar) na discussão, saliento que a denúncia e informação - em primeira mão - foi deste jornalista.

Não aos políticos oportunistas que usam de táticas - midiáticas - para terem algo benéfico em troca: o voto e admiração dos eleitores. 

Porém, o jornalismo é maior que a "politicagem" dos aproveitadores de informações. Jornalismo é prestação de serviço sem pedir nada em troca. 

Vida Que Segue! 

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