Desde que foi implantada a chamada "Zona Azul", em Maceió, há muitas reclamações e insatisfações com o modelo adotado e estabelecido pela Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito de Maceió (SMTT).

O orgão tem como proposta dar uso igualitário às vagas de estacionamento público, respeitando as reservas para idosos e deficientes físicos, para que haja circulação dos carros. 

Ou seja, com o que ela chama de "rotatividade de veículos em estacionamentos nas vias e espaços públicos da capital". 

Portanto, quem mora na Rua Professora Edith Brandão Nogueira ou estacionava o carro no lado direito ao Hipermercado Gbarbosa, agora só poderá parar o veículo se pagar (por hora) para permanecer no local. 

A SMTT implantou neste sábado, 06, placas de sinalização para orientar os motoristas que a rua agora é fiscalizada pela Zona Azul.  

O detalhe é que a rua é a mesma onde fica localizado o restaurante New Hakata, além do Gbarbosa, e diuturnamente (e ainda mais à noite) a movimentação de carros e motos é contínua sem parar.

Embora seja uma área considerada comercial, de grande rotatividade e com enorme fluxo de veículos, quem perdeu foram os moradores dos prédios que ficaram à mercê da Zona Azul.

Interessante também é que a implantação das placas nas calçadas (privadas?) - sem autorização dos moradores (se é que pode ter autorização) - abriu alguns buracos no que é alheio ao Poder Público.

"Eles vêm implantar essa Zona Azul, quebram nossas calçadas e ainda deixam rastros de um serviço mal feito. Moro há 20 anos aqui e nunca soube que a frente do prédio onde resido poderia ser privatizada pelo Poder Público. Absurdo! Agora não posso mais deixar meu veículo na porta de casa porque estarei sujeito a levar multas, inclusive, ter o carro guinchado pela SMTT. A Prefeitura quer ganhar dinheiro do contribuinte impondo suas artimanhas através desse orgão que diz fiscalizar o trânsito", comentou o morador que preferiu não se identificar. 

Mais um ponto negativo!  

O que disse a assessoria?

Por outro lado, perguntei a assessoria de imprensa da SMTT qual a justificativa de colocar a Zona Azul - na Rua Professora Edith Brandão Nogueira - se os moradores e funcionários foram prejudicados e impedidos de estacionar o veículo na porta do prédio.

Em resposta, a assessoria  informou que é um trabalho de "rotatividade em locais público" e a empresa responsável é que fez os estudos para implantação da Zona Azul em Maceió. 

"Houve uma licitação para a empresa implantar a Zona Azul. Ela foi quem fez os estudos técnicos. Até onde sei são nos locais que necessitam de rotatividade nas vagas. A justificativa é a da rotatividade em locais públicos. Em todo o mundo, onde se tem a Zona Azul, foi identificada a necessidade de fazer tal rotatividade devido aos espaços serem 'apropriados' por condutores, deixando outros sem a possibilidade também de estacionar o seu veículo. É uma prática legal e frequente em cidades grandes e nas capitais", respondeu.

TJ X MPE

Vale lembrar que a Zona Azul se mantém na capital alagoana por conta que o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) manteve, por unanimidade, a decisão do presidente Otávio Leão Praxedes que permitiu a implantação da Zona Azul. 

Contrário à implantação, o Ministério Público de Alagoas (MP-AL) havia ingressado com uma ação civil pública pedindo a anulação do contrato celebrado entre a prefeitura de Maceió e a empresa responsável pela cobrança.

O promotor Marcus Rômulo Maia Mello pediu o cancelamento da implantação dos estacionamentos rotativos pagos por possíveis irregularidades no contrato. 

Só reiterando: a Alias Teleinformática Ltda, é a empresa responsável pela cobrança da taxa de estacionamento em áreas públicas. 

Portanto, quem quiser  - clientes e moradores - estacionar os veículos fiquem atentos aos horários de 8hs às 19hs, de segunda a sexta-feira, e aos sábados, das 8hs às 14hs. Os Agentes de fiscalização de trânsito da SMTT estarão verificando o cumprimento da Zona Azul para arrecadar mais impostos para o município. 

Perguntar não ofende: Cadê os vereadores de Maceió que são contra ou a favor? 

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