Na edição desta segunda-feira, o jornal Folha de São Paulo publicou um excelente artigo do ministro do Turismo, Marx Beltrão, em que são detalhadas novas perspectivas para o setor e para a economia geral brasileira. De forma objetiva e revelando profundo conhecimento da pasta, Marx Beltrão faz um diagnóstico do turismo no País e apresenta o programa Brasil + Turismo, "um pacote de medidas em defesa do setor", que "na primeira fase, vai estimular o aumento da conectividade, por meio da abertura completa das empresas de transporte aéreo ao capital estrangeiro".
O ministro analisa os números que deram ao Brasil o símbolo de "grande potencial turístico", mas, ao mesmo tempo, sempre nos trouxeram frustrações nessas expectativas, com índices que mostram o país recebe menos de 0,6% das pessoas que viajam pelo mundo e fatura apenas 0,4% do valor global movimentado por viagens. Para buscar um futuro que confirme as nossas certezas, de nós brasileiros, de que temos todas as condições para nos posicionarmos melhor neste ranking de país turístico, Marx Beltrão relata diálogos com os empresários nacionais e mundiais.
Uma das primeiras medidas do Brasil + Turismo é uma abertura ao mercado, com a implantação "do visto eletrônico para países estratégicos". Segundo Marx, "até o fim do ano, turistas dos EUA, do Canadá, do Japão e da Austrália conseguirão em até 48 horas a autorização de entrada. Tudo pode ser feito via internet, sem burocracia". Apenas com esta decisão, espera-se que o fluxo de turistas desses país para o Brasil aumente em 25% e injete cerca de R$ 1,4 bilhão em até dois anos na economia brasileira, gerando emprego e renda.
Por fim, no artigo na Folha, o ministro Marx Beltrão apresenta cinco medidas de gestão: a modernização da Lei Geral do Turismo; a atualização do Mapa do Turismo Brasileiro; a fiscalização do transporte turístico; a simplificação dos impostos para os parques temáticos; e o direcionamento de recursos para os órgãos estaduais da área.
A conclusão do ministro, que passa muita segurança em seu artigo, aponta para a qualificação do trabalhador do turismo no Brasil como a chave de ouro para consolidar este crescimento e ser um divisor de águas no setor.