Uma quadrilha tentou assaltar uma loja da Samsung em um dos maiores shoppings de São Paulo, o shopping União de Osasco. Quatro homens armados com duas pistolas, uma sendo em calibre .40, uma submetralhadora 9mm e um revolver, invadiram a loja perto das 10:30 e renderam funcionários no local. Cercados por policiais à paisana, que estavam presentes, abriram fogo e houve uma intensa troca de tiros.
Os bandidos pegaram uma das vendedoras de refém e conseguiram sair do shopping. Houve perseguição e após baterem em um ônibus acabaram baleados pela Polícia Militar de São Paulo, que mais uma vez agiu da forma que precisa agir! Dois morreram no local e dois foram encaminhados para hospitais da região. Ninguém mais saiu ferido.
Seria apenas mais um dos tantos casos que ocorrem diariamente em São Paulo e por todo o Brasil, se não houvesse o pequeno detalhe: eu estava lá, com meu filho do meio, de oito anos, minutos depois da ocorrência. Coisa de mil metros de lá, chegamos a ver várias viaturas passando em alta velocidade, incluindo uma que seguiu pela contramão em uma movimentada avenida. Chegamos ao shopping, que sequer foi fechado, e pudemos constatar as marcas dos disparos que atingiram vitrines e paredes do estabelecimento.
Tratei o caso com a máxima tranquilidade que consegui para não causar pânico no meu moleque. Conversei com vários vendedores e atendentes e todos, absolutamente todos, desejaram que a polícia desse cabo dos assaltantes. Havia revolta e medo na fala de cada um deles.
Uma moça, de uns 18 anos, dizia para a outra: “eu moro na favela, acordo cedo, trabalho muito e ganho pouco, estudo à noite e vem esses vagabundos para fazer isso. Tenho um menino de 4 anos me esperando em casa e a gente nunca sabe se vai voltar”. Todos, de todas as classes sociais estão de saco cheio da bandidagem. Nem todos, é verdade. Não duvido que apareça rapidamente aquele pessoal que ama a bandidagem para dizer que a polícia agiu com excesso, que os policiais à paisana não deveriam ter enfrentado os criminosos dentro do shopping e todo esse lengalenga politicamente correto que nos trouxe até agora. Para esses, meu recado: vão à merda!