Foi com grande indignação que vi a publicação de um internauta ao tratar o povo alagoano de "burro e com direito ao bolsa feno (Erva ceifada e seca, de cheiro forte e agradável, para alimento de bovinos e outros animais)."
O fato se refere ao caso do senador Renan Calheiros (PMDB) no Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Marco Aurélio Mello, que pediu o afastamento de Calheiros da presidência do Senado Federal.
Porém, ao invés dos comentários serem contra o senador Renan Calheiros, que aparece nas imagens enquanto HH fala nos microfones do Senado, o internauta tratou de usar a postagem para agredir o povo alagoano.
Clique aqui e veja a postagem!
Neto Buarque, estudante de nutrição e promotor de vendas, mora em Recife - de acordo com sua página oficial - e usou o fato para destratar com etnocentrismo o Estado de Alagoas.
"É por isso que eleitores alagoanos já possuem direito ao bolsa feno, ô povo burro! A propósito, morei em Maceió por 10 anos e vi de perto a bagunça que é esse Estado!", escreveu.
Sem tergiversar, Buarque ainda foi xenofóbico ao postar - logo em seguida - uma imagem com o resultado da eleição de 2014, quando das vitórias do governador Renan Filho (PMDB), senador Fernando Collor e a presidente Dilma (PT).
"Parece que essa história de bolsa feno é bem conhecida já nas Alagoas!", reforçou.
Por outro lado, este jornalista respondeu ao comentário com um pedido de retratação por sentir-se agredido com a forma escrita pelo internauta. Porém, até o momento, o estudante não se desculpou.
Todavia, o que vale ressaltar é que a crise política no país é um problema dos 27 Estados brasileiros. Não apenas Alagoas, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e/ou demais Estados são culpados pela classe política se manter no mandato que tornam eterno, hereditário e genético.
Como destaquei, acima do texto, a política em geral tornou-se uma máquina de Poder (incluindo dinheiro, acordos, apoios, empreiteiras...) que chamamos de máquina de moer gente.
Não é o povo em sã consciência que elege figuras carimbadas da política. São consciências compradas e o derramamento de dinheiro público usado para usurpar a dignidade dos mais humildes e os menos favorecidos.
Nossa Alagoas, infelizmente, não pode ser motivos de chacotas, xenofobias e etnocentrismo por conta de Renan Calheiros, Fernando Collor ou seja lá quem estiver no Congresso Nacional.
Alagoas é um Estado que merece respeito pela sua história desde os primórdios com os índios Caetés. Não sou Alagoas de Biu, Renan ou Collor, como intitulam algumas pessoas.
Sou Alagoas de Floriano Peixoto e Marechal Deodoro, os dois primeiros presidentes da República do Brasil.
Também sou da terra de Djavan, Graciliano Ramos, Aurélio Buarque de Holanda, Jofre Soares, Lêdo Ivo, Hermeto Pascoal, Jorge de Lima, Zumbi dos Palmares, Nise da Silveira, Calabar, Théo Brandão, menestrel Teotônio Vilela e tantas outras personalidades que orgulham o povo alagoano.
Sou nordeste! Sou de Alagoas! Sou alagoano! Sou do Brasil!
Respeite Alagoas!
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