Pode ser que não!  

Mas dois prefeitos eleitos no último dia 02 de outubro devem retribuir o apoio recebido durante a campanha eleitoral de 2016. 

Júlio Cezar (PSB), de Palmeira dos Índios, e Eraldo Joaquim Cordeiro, o conhecido Padre Eraldo (PSD), saíram das urnas eleitos com o apoio da ex-senadora e atual vereadora por Maceió, Heloísa Helena (Rede).  

Padre Eraldo, além de ser amigo e um grande aliado de décadas, já disputou eleições lado a lado de HH como suplente ao Senado Federal. Quando candidato a prefeito em Delmiro Gouveia, nas duas disputas eleitorais (2012 e 2016), Padre Eraldo sempre teve o "afago" político da ex-senadora.  

No caso de Júlio Cezar, o "imperador palmeirense", a dobradinha ocorre desde a eleição de 2014, quando JC disputou o governo de Alagoas e HH a vaga de senadora. Os dois, desde aquele pleito, selaram uma parceria independente de apoios políticos recebidos.  

Heloísa Helena, inclusive, esteve na cidade de Palmeira do Índios - antes do dia 02 de outubro - pedindo votos para a dupla eleita Júlio Cezar/Márcio Henrique. Numa de suas postagens no Facebook, em plena campanha eleitoral, HH havia deixado claramente sua posição no pleito palmeirense.  

"Com nossos queridos amigos de infância, em Palmeira dos Índios, ajudando na campanha de Júlio e Marcinho! Estive lá para dar meu testemunho sobre eles, apresentar propostas e, como sempre faço, sem ataques pessoais e baixarias políticas por que em qualquer palanque (no nosso ou dos outros candidatos) é inaceitável e repugnante! Que a eleição seja limpa e que o povo possa escolher livremente!", escreveu - à época - Heloísa.  

O futuro 2018  

Porém, sabemos que até 2018 muitas águas vão rolar. Até lá, o cenário político alagoano – diante de tantas manchetes nacionais – deve mudar a cada semana.  

Por enquanto, Heloísa Helena encerra o mandato de vereadora na Câmara de Maceió, em dezembro próximo, sem deixar nada confirmado sobre seu futuro político.  

A aparição pública da ex-senadora tem sido fora de Alagoas fazendo política partidária pelo seu partido: a Rede.  

2018 pode estar longe, no entanto, bem próximo dos que almejam os cargos eletivos. Será, portanto, uma briga bastante acirrada onde as duas vagas estão disputadíssimas.  

Vale ressaltar que em tempos de lava jato - e sem novos nomes e sem representações significativas nos legislativos - há quem ainda acredite no futuro melhor para política.  

Como escreveu o jornalista Davi Soares, em matéria publicada no Diário do Poder, ao tratar da desistência de HH na disputa eleitoral deste ano, "Heloísa age como quem entendeu o recado das urnas: o eleitor alagoano parece satisfeito com Collor, Renan e Biu, e suas encrencas com a Operação Lava Jato."  

Porém, repito o que publiquei sobre o pleito deste ano: se por um lado, a eleição vai influenciar nas decisões futuras; por outro, há um clamor da população - e assim espera-se - em torno da nova política com renovação, inovação e mudanças. 

Heloísa Helena, caso queria concorrer mais uma vez o Senado Federal, terá pela frente nomes como os senadores Renan Calheiros (PMDB) e Benedito de Lira (PP), ambos pela reeleição; além do ex-governador Teotônio Vilela (PSDB) e os deputados federais e ministros do governo Michel Temer, Marx Beltrão (PMDB) e Maurício Quintella (PR), que sinalizam entrar na disputa.   

Ah!, e também quem mais desejar ser senador por Alagoas, em 2018, já que o cargo tornou-se o sonho de muitos mandatários com afinco nas duas vagas. 

Será?   

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