Um caso inusitado ocorre na disputa pela Prefeitura de Pão de Açúcar, no sertão de Alagoas.
O blog recebeu diversas fotos denunciando o candidato a prefeito do município, Flávio Almeida (PMDB), na distribuição de "cartões de créditos" para moradores da cidade.
Denominado de "Bolsa Viva Bem Pão de Açúcar", o cartão faz alusão ao Bolsa Família do Governo Federal. No entanto, a prática eleitoreira está servindo para conquistar os eleitores em troca de votos.
Segundo fontes do blog, aliados e o próprio candidato dizem aos moradores da cidade que se eleito o cartão valerá para depositar quantias em dinheiro. É a chamada e conhecida suposta compra de votos na eleição de Pão de Açúcar.
Na semana passada, por exemplo, uma Van contendo várias cópias dos cartões foi interceptada e apreendida por uma guarnição da PM, no Povoado Lagoa de Pedra.
Após os policiais levarem todo material e o veículo para a 48ª Delegacia Regional de Polícia (DRP), em Pão de Açúcar, foi lavrado um Termo Circunstancial de Ocorrência (TCO).
Só para lembrar: Em agosto, o deputado federal Marx Beltrão (PMDB) denunciou o abuso do poder econômico praticado pelo candidato peemedebista durante a campanha eleitoral. O parlamentar – em discurso durante um comício - ressaltou que Flávio Almeida estaria "comprando a consciência das pessoas” com o derramamento de dinheiro neste período.
Com base na Lei 9.504/97, Art. 41-A, a suposta compra de votos constitui "captação de sufrágio o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto".
Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o abuso do poder econômico é a utilização, em benefício eleitoral de candidato, de recursos patrimoniais em excesso.
A denúncia de compra de votos é um fato que precisa ser visto pela Justiça Eleitoral. Atropelos e erros por parte da coligação do candidato Flávio Almeida esbarram numa campanha em troca da consciência da população mais pobre do sertão de Alagoas.
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