Valorizar as atividades econômicas tradicionais como a pesca e a extração de sururu, gerar valor agregado para produtos locais e estimular a economia sustentável são alguns dos objetivos de um projeto que vai integrar ao futuro Centro Pesqueiro do Jaraguá às comunidades da orla lagunar com financiamento internacional. Nessa segunda-feira, 22, a capital alagoana recebeu mais uma missão do Fundo Multilateral de Investimentos do Grupo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que viabiliza iniciativas capazes beneficiar comunidades de baixa renda na América Latina. Representantes do projeto se reuniram com o prefeito Rui Palmeira, que elogiou a proposta.

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Promoção do Turismo – Semptur, em parceira com o Fumin, o SEBRAE e o IABS (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade), entidade selecionada para executar a proposta. “A ideia é estruturar cadeias produtivas como a do sururu e valorizar nossa identidade cultural, melhorar a renda dos marisqueiros e projetar nossa gastronomia tradicional, que irá ganhar um espaço muito nobre no Centro Pesqueiro. Vamos conseguir melhorar a forma de comercialização do pescado e ainda criar mais atrativo turístico singular da capital, fortemente ligado aos frutos do mar e das lagoas”, explica Jair Galvão, secretario de turismo de Maceió.

O presidente do IABS, Luis Tadeu Assad, ressalta que o turismo é um dos principais vetores para escoamento dos produtos que estão no centro do projeto. “Essa atividade pesqueira e o próprio sururu estão enraizados na cultura de Maceió. Falta estimularmos uma cadeia produtiva mais justa, ambientalmente mais racional e capaz de elevar o patamar de qualidade dos ingredientes comercializados”, ressalta o gestor.

De acordo com a especialista setorial do FUMIN, Luciana Botafogo, o projeto vai permitir que os moradores  sejam beneficiados economicamente não só com a estrutura do Centro Pesqueiro, mas também através de programas de capacitação, gestão e qualificação das atividades tradicionais incorporando-se o conceito de economia circular. “Vamos estimular os mais diversos usos para os produtos tradicionais, reaproveitando rejeitos e investindo em tecnologias”, explica.

O projeto hoje encontra-se na fase final de gerenciamento de análise técnica. A última etapa é uma aprovação final em Washington, nos Estados Unidos, que vai acontecer em outubro.