Quem especulava que o ex-prefeito de São Luiz do Quitunde, Cícero Cavalcante (PMDB), ficaria fora da disputa de 2016 no município se enganou
Cavalcante ainda deve assumir – definitivamente – o cargo de deputado estadual e preferiu recuar do pleito de outubro.
Em seu lugar, e com o apoio do atual prefeito Jilson Lima (DEM), o suplente de deputado decidiu lançar a filha e odontóloga, Fernanda Cavalcante (PMDB), à prefeitura da cidade quitundense.
A jovem de 31 anos é a nova aposta da família Cavalcante no pleito deste ano. A irmã, ex-deputada estadual e atual superintendente do Procon-AL, Flávia Cavalcante, permanece no cargo do governo Renan Filho.
Com o apoio da família Calheiros, leia-se Renan Filho e o senador Renan Calheiros, Fernanda - a neopolítica - entra numa briga bastante acirrada em São Luiz do Quitunde.
Sabe-se que a dentista nunca assumiu um cargo político e nem disputou qualquer eleição. Empurrada pelo pai para entrar na política, a pré-candidata se apresenta como a mudança, o novo e o diferencial na disputa eleitoral.
Todavia, não há nada de novo nessa política que é geneticamente enraizada com a substituição de pai, mãe, tio, tia, primo, sobrinho e demais parentes.
Enfim, a mania da velha política alagoana com os mesmos vícios de outrora e sempre: interesses pessoais e projetos de Poder.
Sabe-se que São Luiz do Quitunde viveu (e vive) momentos difíceis na política local durante os últimos anos. Basta lembrar das gestões passadas, a exemplo do prefeito sempre afastado Eraldo Pedro (PMDB).
Já disse, inclusive, que a população quitundense cansou da política comandada há anos por Cícero Cavalcante (PMDB) e os antecessores - da família Cordeiro (Fátima, Jean e João).
A ganância pelo Poder – nas três últimas eleições - foi bastante acirrada entre os grupos (Cavalcante e Cordeiro) que a todo tempo querem comandar o município.
Portanto, cabe ao povo de São Luiz do Quitunde decidir quem vai comandar os destinos da cidade pelos próximos quatro anos.
O novo?
Infelizmente, não há nomes diferentes na eleição deste ano. No páreo também está o ex-vereador Júnior Pedro (PR).
Candidato derrotado em 2012 - quando obteve a terceira colocação (3.490 votos), Pedro ficou conhecido na imprensa como o prefeito-tampão - na condição de presidente da Câmara de Vereadores - entre outubro de 2010 e maio de 2011.
À época, ele assumiu o lugar do ex-prefeito Jean Cordeiro (PP) que foi cassado.
São vinte anos (aproximadamente) em que apenas dois grupos políticos - Cavalcante e Cordeiro - fazem alternância de Poder no comando da Prefeitura.
De lá para cá, o questionamento é:
O que mudou nesse tempo todo?
Afinal, o município foi até manchete nacional por conta das péssimas administrações envolvidas e marcadas pela corrupção, desvios milionários do dinheiro público e gestores afastados.
Com os mesmos nomes (entre familiares) como pré-candidatos, sem dúvidas, a cidade do litoral norte terá um imbróglio político - de novo! - para resolver até outubro.
Será?
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