A informação sobre a cassação do prefeito de São Luís do Quitunde, Jilson Lima (PSD), surgiu na noite de ontem (18) quando a Câmara de Vereadores decidiu pelo afastamento do gestor por 180 dias.
Com o placar de 12 X 1, o único parlamentar que votou contra o que está sendo chamado de "manobra política" foi o vereador Cristophanes Jacques Uchoa de Lima, o Tofinho (DEM).
Porém, segundo fontes do blog o ocorrido no município é nada menos que um jogo político (considerado uma trama) entre os doze vereadores para comandar prefeitura e legislativo simultaneamente.
Nessa condição, o presidente da Câmara Municipal, Cleomenes de Amorim Santos, o Menes Pai do Kinho (PRB), passaria a ser o prefeito-interino sob domínio de seus pares.
Já no lugar de Cleomenes, na presidência do legislativo, assume o vice-presidente Daniel Oliveira dos Santos, o Daniel do Foro (PT do B).
O que disse o prefeito...
O blog conversou com o prefeito para ouvir explicações do que a casa legislativa tratou de impor como" infração político-administrativa". Jilson Lima respondeu – incisivamente - sobre o interesse político que esbarra na instabilidade da administração local.
"Toda estrutura do município está funcionando normalmente. Tudo em dia. Agora isso é sacanagem. Uma manobra política para chegar ao Poder. Não para trabalhar! A situação que eu peguei São Luís do Quitunde foi de cabeça para baixo. A gente com muita luta ao extremo está pagando rigorosamente em dia e, inclusive, pagando os atrasados. Estamos tocando o município dentro da realidade. Isso é sacanagem", rechaçou.
O gestor lembrou ainda os débitos que a Câmara Municipal o acusa de não pagar é da gestão do prefeito afastado, Eraldo Pedro (PMDB), que não cumpria com os repasses dos duodécimos da casa.
"Quando o peguei a prefeitura o presidente [da Câmara] que faleceu [Edézio Pereira (PMDB)] me procurou para tratar o débito da gestão do Eraldo Pedro [prefeito afastado]. Tinha com a Câmara valores dos anos de 2014 e 2015. O duodécimo da casa era de R$ 150 mil e o Eraldo mensalmente passava R$ 120, 130 e ficava sempre uma quantia acumulada. No total, esses restos a pagar deu um valor de aproximadamente R$ 130 mil. Foi por conta desses débitos não acumulados minha gestão que os parlamentares decidiram pel cassação", explicou o prefeito.
Lima ressaltou que sua administração está em dia com o servidores e o duodécimo da casa legislativa é repassado mensalmente. Por fim, o prefeito questionou também os motivos dos vereadores não terem cassado Eraldo Pedro na época que estava na prefeitura.
"Quando eu assumi o Executivo, em novembro do ano passado, de lá para cá o duodécimo da Câmara está rigorosamente em dia, assim como o salário dos servidores. Isso que eles [os vereadores] usaram ontem foi com relação ao débito do Eraldo Pedro - de 2014 e 2015 - que deixou de repassar. Deveriam ter feito isso [cassação] com o Eraldo lá atrás e não hoje. Eles cobram de mim um valor da gestão passada e que ainda não consegui pagar. Mas na minha gestão tudo está rigorosamente em dia", ponderou Jilson Lima.
Sobre a Decisão
Até a postagem desta matéria o prefeito continuava no cargo e não havia recebido nenhum ofício enviado pela Câmara de Vereadores. Ao ser notificado, disse Jilson Lima, irá recorrer da decisão.
Enquanto isso, o município de São Luís do Quitunde permanece com jogo (sujo) de interesses políticos e uma briga de Poder para salvaguardar mandatos (e pré-candidatos) na eleição de outubro.
É inadmissível que não se pense na população ou no mal que causa aos quitundenses.
Repito: apenas interesses pessoais e políticos.
Contudo, abre espaço para mais uma decisão que deverá ser levada – novamente! - ao Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL).
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