Garrafas pets, móveis quebrados, sacolas plásticas, panelas, objetos desnecessários ou até mesmo lixo orgânico. Juntar todos esses materiais dentro de casa tem se tornado comum para alguns alagoanos. Ultimamente, tem sido cada vez mais frequente encontrarmos na realidade o que antes só se via pela televisão.
A situação dos acumuladores vai muito além do lixo. O indivíduo que passa por esse problema, procura o isolamento por causa da situação que vivem ou não tem consciência do problema que está gerando e não busca ajuda.
Os acumuladores compulsivos são pessoas que juntam, de maneira patológica, objetos de tudo que é tipo. Eles não são considerados colecionadores, pois não fazem a catalogação dos objetos. Na maioria das vezes, eles não têm controle sobre suas coisas e os mais afetados são os idosos, muitos abandonados pela própria família ou que vivem em situação precária.
Desde dezembro do ano passado, que a Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) tem realizado diversas operações com o objetivo de combater o acúmulo de lixo encontrado em residências da capital. Bairros como Vergel do Lago, Gruta, Dubeaux Leão, Rio Novo e Jacintinho já foram alvos desta operação.
Após denúncias constantes, feita por moradores do bairro, a Slum vem realizando operações para recolher esse material. Até agora a Superintendência já fez 18ª operações, totalizando cerca de 290 toneladas de lixo em residências de Maceió.
Não basta apenas a quantidade de entulhos que são retirados do local, mas devido à situação precária que os acumuladores se encontram, em muitos imóveis são encontrados ratos, focos do mosquito Aedes aegypti, baratas e escorpiões.
Segundo o coordenador de Fiscalização da Slum, Carlos Tavares, é preocupante a situação que eles estão vivendo, pode se tornar uma questão de saúde pública. “Além dos proprietários, os riscos atingem os moradores do entorno. Em um caso no bairro da Gruta, diversas pessoas tiveram dengue e zika. As casas vizinhas estavam sendo invadidas por ratos, baratos e carrapatos dos cachorros que o proprietário cria”, comentou.
Dependendo do material recolhido pela Slum, ele é direcionado para a reciclagem na Cooperativa dos Recicladores de Alagoas (Cooprel), enquanto os inservíveis são encaminhados para o aterro sanitário.
Leia Mais: Slum já registrou 15 imóveis com acúmulo de lixo em Maceió
Leia Mais: Slum retira oito toneladas de lixo em obra inacabada de Maceió
Leia Mais: Após denúncia, Slum retira quase 10 toneladas de residência no Dubeaux Leão
Colaboradora*