A Secretaria de Segurança Pública de Alagoas parou, literalmente, para se despedir nesta sexta-feira (11) de Alfredo Gaspar de Mendonça. Ele deixa o cargo após uma decisão do Supremo Tribunal Federal negar a permanência de promotores e procuradores de Justiça o atingir. Sob fortes aplausos, Gaspar discursou para membros da Segurança Pública.

Durante uma solenidade no auditório da Secretaria, Alfredo Gaspar se despediu e conversou com militares e outros integrantes da pasta. Emocionado, ele chorou em alguns momentos e afirmou que o objetivo agora é continuar coibindo a violência no estado.

“Quando assumi o posto, sabia que eu daria o meu melhor, para ajudar no combate ou se falhasse, teria uma mancha na minha carreira. Então, fiz o melhor que podia e tive ajuda de todas as forças policiais nessa luta”, disse.

Alfredo Gaspar relembrou alguns episódios onde disse ter se sentido impotente, citando as mortes de militares no acidente aéreo e de integrantes do serviço de Inteligência em uma grota, todos no ano passado. “Muitas vezes fui mal compreendido pelo trabalho feito. Mas sei que essas pessoas sempre imaginavam que eu tinha interesses por trás disso. Digo e repito, não sou candidato a nada, não tenho nada a provar para ninguém. Apenas fiz o meu trabalho e não me arrependo de nada”, comentou.

Já sobre a decisão do Supremo, que julgava a permanência do ministro Wellington César no cargo e que atingiu outros membros do Ministério Público que ocupam cargos no Executivo, ele falou em tristeza com a decisão.

“Na noite que saiu a decisão, eu tomei remédio para dormir. Não queria acordar, achei que fosse um sonho. Mas meu filho acordou e disse que algumas pessoas estavam me esperando. É triste, mas teremos que seguir a batalha, que é coibir a violência em Alagoas”, relembrou.

As homenagens a Alfredo continuam e na posse do novo secretário outra alusão a ele será realizada.