A infestação de mosquitos vetores de doenças como dengue, zika e chicungunya foram um alerta a mais para os órgãos que atuam na área da limpeza urbana reforçarem seus trabalhos de combate ao acúmulo de lixo e entulhos.
Com o objetivo de promover a saúde pública e detectar pessoas consideradas acumuladoras, agentes Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), iniciaram uma série de operações para acabar com o acúmulo em imóveis.
Informações da assessoria de Comunicação da Slum revelam que as operações tiveram início em dezembro e, em menos de dois meses de trabalho, aproximadamente 210 toneladas de lixo já foram recolhidas em 14 imóveis que foram denunciados pela população à Slum por meio do Disque Limpeza. Somente na última semana, três residências foram alvo da operação, todas no bairro Jacintinho. Até agora, a situação mais crítica foi registrada no bairro do Poço, no conjunto Santo Eduardo, onde cinco casas de uma mesma rua tinham acúmulo de lixo.
O coordenador de fiscalização da Slum, Carlos Tavares, destaca a importância das operações. “Muito lixo acumulado gera transtornos à população em decorrência da proliferação de insetos, roedores e animais peçonhentos. Em todos os locais que estivemos foram encontrados recipientes com água parada em áreas externas, com focos do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya. São situações graves, que colocam a vizinhança em situação de risco, por isso tivemos que iniciar este trabalho”, afirmou.
Atendimento psicossocial
Tavares ressalta que as operações têm um caráter multiprofissional em relação à assistência prestada aos proprietários dos imóveis. Ele conta que, para poder realizar o trabalho, a Slum aciona equipes das secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social para o atendimento ao cidadão, já que, na maioria dos casos de acumuladores, trata-se de transtorno psiquiátrico, que requer atenção especial. “A limpeza é realizada e as equipes também realizam o encaminhamento do proprietário ao serviço necessário para que ele seja tratado e assistido”, completou o coordenador.
As ações também contam com o apoio da Polícia Militar de Alagoas, que disponibiliza guarnições para acompanhar e garantir a realização de forma pacífica. Outro destaque destas operações é o trabalho dos educadores ambientais da Slum. “Além do operacional, também acionamos a nossa equipe para levar a educação ambiental à região que é alvo da operação. Nosso objetivo é fazer com que a população se conscientize sobre os riscos do acúmulo de lixo e do descarte inadequado”, explica Rita Araújo, coordenadora de Controle Ambiental.
Para denunciar casos como este, a população pode entrar em contato com a Slum por meio do Disque Limpeza e também pelo site da Prefeitura, no link www.maceio.al.gov.br/slum/fale-conosco.
*Com Ascom Slum