Uma reunião nesta segunda-feira (01) entre a Superintendência Municipal de Controle e Convívio Urbano (SMCCU) e a Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) decidiu limitar em 10 o número de enterros de indigentes em Maceió por mês. A medida foi tomada após o único cemitério da capital que recebia corpos sem identificação ter sido interditado.
O município, por meio da SMCCU fará apenas enterros de indigentes que estejam cadastrados e por mês apenas 10 corpos poderão ser enterrados. Durante o encontro, que também contou com a presença do promotor Flávio da Costa, ficou definido que no cemitério Divina Pastora, localizado em Rio Novo, poderá ser construído um ossário para receber restos mortais.
O cemitério Divina Pastora é o único na capital que estava realizando enterros de indigentes, porém a área destinada a esse tipo de sepultamento foi interditada. Em janeiro, o promotor realizou uma vistoria no local após receber denúncias de que corpos estariam expostos sendo devorados por urubus. Na vistoria, o promotor flagrou ossadas expostas.
O superintendente, Reinaldo Braga, havia afirmado que há um colapso no local e que o problema se arrasta há mais de 40 anos. Ele relatou que a SMCCU tem dados precisos sobre a quantidade de corpos enterrados no Divina Pastora e alegou que, além de ser o único cemitério destinado a indigentes da capital, lá são recebidos também corpos do interior do Estado, o que complica ainda mais a situação.