Atualizada às 10h40
Após o governo anunciar a demissão de 205 funcionários das antigas empresas que formam a Companhia Alagoana de Recursos Humanos e Patrimoniais (Carhp), sindicatos tentam reverter à decisão e assegurar os empregos. Nesta terça-feira (19), um protesto foi organizado em frente ao órgão para chamar a atenção da causa.
Durante o movimento, a diretoria do Sindagro vai pedir uma audiência com o atual presidente do órgão, Fernando Holanda, para tratar das demissões promovidas pelo governo de Alagoas com os servidores da Emater, Epeal, Ematur, Cohab, Comab, Codeal, EDRN e Sergasa. O governador Renan Filho também ficou de receber representantes do sindicato para discutir a situação.
O presidente do Sindicato, Péricles Barros, disse que as demissões foram publicadas na edição do dia 14 do Diário Oficial do Estado e que desde o dia 15 os funcionários celetistas estão sendo impedidos de comparecerem aos seus locais de trabalho. O problema que Péricles aponta é que nenhum deles foi comunicado com antecedência sobre a demissão. "Não foi feito esse comunicado e nenhum celetista passou por exame demissional. O regime celetista segue o que rege as Leis Trabalhistas", argumentou.
Ele também se mostrou preocupado com a grande quantidade de pessoas que estão prestes a completar a idade mínima exigida para se aposentar e que acabaram sendo demitidos. "O governo diz que eles já podem se aposentar, mas tem pessoas que ainda faltam dois anos. Se elas ficarem desempregadas irão ficar sem nenhuma renda e serão obrigadas a procurar outro emprego", disse.
Entre os técnicos demitidos estão Agrônomos, técnicos agropecuários, engenheiros civil e florestal, são pesquisadores de diversas áreas e gerentes de programas desenvolvidos em Alagoas, com o apoio do governo federal.
Em nota divulgada, o governo do estado afirmou que as demissões ocorrem devido à indisponibilidade financeira da Companhia em fazer frente às despesas com pessoal, principalmente em um ano de crise, além de fazer parte da reestruturação administrativa do Estado.
Também estarão participando representantes dos Sindigráfico, Sinthoal e Sindicato dos Engenheiros de Alagoas.
*Com assessoria