Se há um nome da família Damasceno Freitas que vai disputar à prefeitura de Piranhas ele está guardado a sete chaves e preparado para entrar aos 45 do segundo tempo. 

Apesar de estar trabalhando nos bastidores, em "off", todo mundo sabe que o desembargador e (ainda) presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), Washington Luiz Damasceno Freitas, é quem dá as cartas na política piranhense.    

No xadrez político local, apenas uma coisa ainda não ficou clara: se o prefeito Manoel Brasiliano de Santana, o Manoel de Audálio (PDT), é mesmo um aliado fiel da família Damasceno/Freitas.  

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Mesmo o deputado estadual Inácio Loiola (PSB) - um possível candidato a prefeito - ter dito, em outubro, que não tinha compromisso nenhum com a gestão de Audálio, sabe-se que o prefeito foi apoiado por Loiola ao romper com o ex-prefeito Dante Alighieri Salatiel de Alencar Bezerra de Menezes, o Dr. Dante (PDT), em 2014.  

Com a saída da administração Dante, Manoel de Audálio retornou - à época - aos braços de quem sempre o acolheu: a família Damasceno/Freitas. Tanto que - na eleição do ano passado - o atual prefeito apoiou Inácio Loiola na reeleição à Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). 

Mas o deputado já afirmou veemente: "Caso venha a concorrer à prefeitura de Piranhas, no pleito de 2016, o fará com o apoio incondicional e exclusivo da população piranhense".  

Será? 

Sei que na última quinta-feira, 17,  Washington Luiz, Inácio Loiola e Manoel Basílio estiveram juntos participando do Programa de Regularização Fundiária do TJ, conhecido como Moradia Legal II, que distribuiu 310 registros de imóveis em Piranhas.

Em meio aos discursos, viu-se nesse evento um rito político entre os principais líderes - atualmente -  da cidade banhada pelo Rio São Francisco. O interessante é que (até agora) nem o prefeito pedetista falou em reeleição.

Por outro lado, indaguei há algum tempo a ex-prefeita e atual secretária de Estado da Cultura, Mellina Freitas (PMDB), se ela estaria trabalhando para ser a candidata da família em 2016.  

Enfática, a ex-prefeita disse que "preferia não falar da disputa de 2016" no momento.  

Tudo bem! 

Mas a incógnita se mantém sobre o nome que terá o apoio da família Damasceno/Freitas na sucessão municipal do próximo ano. Basílio não diz que sim e que não; Mellina não quer comentar a sucessão; e Loiola deixa em dúvida sua entrada no pleito.  

Porém, a única certeza que se tem em Piranhas é que o nome a ser escolhido e a decisão final parte do "todo-poderoso", o desembargador Washington Luiz Damasceno Freitas.  

Por fim, aguardarei para ver quais peças restarão nesse xadrez político.   

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