O impasse entre o governo de Alagoas e militares continua com a "Operação Padrão" no Estado de Alagoas. Sabe-se que os PMs estão "em guerra" com o governador Renan Filho (PMDB) que insiste numa negociação contrária às propostas da classe.  

Segundo o comandante-geral da PM, coronel Lima Júnior, em reunião interna realizada na tarde do sábado (27) com os comandantes de unidades policiais de área e especializadas, é aguardada uma resposta do Estado nesta semana.  

"O canal de negociação está aberto e na quarta-feira, em reunião agendada para as 16 horas, receberemos uma proposta do governo para apreciação. Estamos sensíveis às demandas e, principalmente, estamos à frente da tropa. No entanto, não iremos abrir mão da disciplina, pois a população não pode ser penalizada”, destacou o coronel.  

Porém, eis que este jornalista presenciou uma ocorrência de uma guarnição da Polícia Militar de Alagoas (PM-AL) que atraiu atenção. Na Barra de São Miguel, policiais foram chamados por conta do som que estava 'incomodando a vizinhança.'  

Ao chegarem no local, os PMs trataram de informar o motivo e deram o recado a todos os presentes. No entanto, o que se percebeu foi uma guarnição trabalhando em 'tom' de revolta contra o Executivo estadual.  

"Estamos aqui cumprindo o chamado da população, mas em Operação Padrão. Faremos apenas uma notificação para constar e pedimos a compreensão dos senhores. Não era nem para estarmos aqui. Atendemos o chamado para população não ficar desassistida. Mas não vamos ajudar um governo sem reajustar os salários e os nosso direitos. Um governo que não negocia é um governo que não merece respeito. A população não pode ser prejudicada por essa inércia. Podem continuar a festa de vocês", relatou um dos policiais.    

Contudo, não foi só o desabafo de uma guarnição policial naquele momento.  Os PMs - ao que parecia - demonstraram que o trabalho está prejudicado com a ineficiência - em negociar - da atual gestão. Servidor - em qualquer área - trabalha insatisfeito quando o reconhecimento do "patrão" (nesse caso, o Estado) é zero.  

Os PMs querem a garantia aos direitos da categoria, a exemplo da compensação ao não pagamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Dizem até que nos quarteis faltam materiais de trabalho para cumprir o papel de agente da segurança pública. 

Será? 

Se o governo não chegar ao acordo com os militares ainda nesta semana, tudo leva a entender que a situação da segurança em Alagoas pode piorar. Mas o que é inaceitável é deixar que a população alagoana - em apenas seis meses de governo - pague pelos erros de uma gestão ou ex-gestões.  

Então, pergunto: alguém dizer o que é o governo de Renan Filho? Até agora, nesses seis meses, não mostrou ao povo alagoano o que veio fazer na gestão pública do Estado.   

Há tempo? Há - mais três anos e meio - para analisarmos o "novo" governo.  

Que não seja tarde demais! 

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