A diretoria do Sindicato dos Bancários de Alagoas se reuniu com o deputado federal Marx  Beltrão (PMDB-AL) com o objetivo de esclarecer dúvidas a respeito da votação do PL 4330 (da terceirização) e solicitar seu apoio para barrar o ataque de direitos ao trabalhador.

O deputado, que votou a favor do texto base do projeto e, depois, contra os destaques e as emendas aglutinativas, disse que é contra a inclusão das atividades fins na terceirização e que não concorda que haja prejuízos à classe trabalhadora.

Um dos cinco deputados alagoanos que constam do painel-denúncia produzido pelo Sindicato, por ter votado a favor do PL na primeira apreciação da Câmara, Marx Beltrão afirmou que houve equívocos tanto por parte dos parlamentares quanto do movimento sindical na primeira fase da votação, inclusive na repercussão do resultado.

"Eu, assim como outros, votei no texto base porque queria assegurar os direitos de 12 milhões de trabalhadores que já são terceirizados e sofrem a precarização, não foi para terceirizar e precarizar os 32 milhões que têm carteira assinada. Quando houve esse risco ou intenção na segunda votação, votei contra", assinalou.

O deputado disse que esse posicionamento seu sempre foi público, além de compartilhá-lo nas redes sociais. Além de reafirmar que continuará contra as emendas e destaques prejudiciais aos trabalhadores no PL 4330.

Os diretores do Sindicato também reafirmaram a posição da entidade e da categoria bancária em relação ao PL da Terceirização, inclusive a de denunciar parlamentares que apoiem ou votem o que saiu da Câmara. "Estamos abertos a discussão, mas não abriremos mão de defender os direitos e as conquistas dos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato, Jairo França, ao deputado peemedebista.

Além de Marx Beltrão, o deputado Givaldo Carimbão (Pros), que havia votado  no texto base do PL durante a primeira apreciação, também votou contra as emendas aglutinativas e os destaques na segunda votação. Já os deputados Ronaldo Lessa (PDT), Cícero Almeida (PRTB) e João Henrique Caldas (Solidariedade) se ausentaram do plenário na primeira vez e votaram contra as emendas e os destaques na segunda.

O Sindicato avalia que a mobilização e a pressão da CUT, sindicatos e movimentos sociais foram imprescindíveis para mudar posições na Câmara dos Deputados, tanto que as emendas aglutinativas e os destaques foram aprovados com pequena margem de diferença: 230 a 203 votos. “;Essa mobilização vai continuar e se fortalecer ainda mais, sendo que o alvo, agora, será o Senado”, afirma Jairo.

O Sindicato também está disposto a conversar com os demais integrantes da bancada federal de Alagoas para debater essa e outras matérias, além de cobrar deles posição favorável aos trabalhadores.

Os únicos deputados alagoanos que votaram a favor do PL 4330 nas duas votações da Câmara foram Arthur Lira (PP), Maurício Quintela (PR) e Pedro Vilela (PSDB).

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Com informações do Seec-AL