De um lado, quatro vereadores - Ismael Ferreira (PRTB), Márcio Santos (PSD), Claudemir da Silva, o Mima (PSB), e Albertina Cabral, a Beta do Brasil Novo (PRTB) - tentam provar que o prefeito Toninho Lins (PSB), de Rio Largo, desviou vários recursos (Cerca de R$ 21 milhões) do município.
Do outro, o prefeito continua dizendo que a "quebra de braço" se deve a uma manobra política da oposição na cidade. Entre outras palavras, Lins afirmou que a ‘briga’ existente com o legislativo é por conta das demissões de parentes dos parlamentares.
Tudo consta no relatório final da Comissão Especial de Inquérito (CEI) - o blog teve acesso - que pede a cassação do prefeito, porém, tem sido um calvário para os parlamentares fazer a sessão acontecer na Câmara de Vereadores de Rio Largo.
Há duas semanas que os vereadores não conseguem apreciar o relatório final por conta do tumulto dentro do legislativo provocado pelos aliados do prefeito. Em conversa este jornalista, um servidor municipal revelou que a ordem na Prefeitura é reunir várias pessoas para "bagunçar" a sessão na Câmara, impedindo que os parlamentares apresentem o relatório final e votem pela cassação do gestor.
No vai e vem da briga política, eis que o tempo passa sem que o legislativo consiga concluir os trabalhos da CEI e dar uma resposta à sociedade. No jogo do xadrez político, Toninho Lins conta com maioria na Câmara e tem se beneficiado para impedir qualquer votação contra ele.
Por outro lado, o apoio da maioria dos "edis" tem custado a conhecida troca de favor (muitos cargos na administração) para esbarrar no contraditório. Os munícipes - em sua maioria - não aguentam mais tanto jogo político sujo que rodeia Rio Largo.
Quem perde com tudo isso?
A população que já não aguenta uma disputa entre Poderes que tem prejudicado a cidade e acarretado em prejuízos ao erário público. Falta educação, saúde, infraestrutura e o município permanece em situação de abandono.
Ao que parece ser, os gestores de Rio Largo - nos últimos tempos - só visam a boa arrecadação que é depositada nas contas da Prefeitura mensalmente.
Se o Ministério Público Estadual (MPE) não agir mais uma vez, o povo vai sofrer nas mãos de quem usurpa de bom caráter para dizer que está tudo maravilhoso.
Que Deus tenha pena dos rio-larguenses e mande bons frutos em 2016.
MPE em mais uma investigação
O Ministério Público Estadual de Alagoas começou a investigar uma denúncia feita pelo vereador de Rio Largo, José Márcio dos Santos da Silva. Protocolado no dia 01 de março deste ano, o ofício põe sob suspeita a reforma no prédio do fórum daquele município, que, segundo o parlamentar, teria recebido recursos da Prefeitura para a realização das obras.
Nesta sexta-feira (13), o procurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, requisitou ao prefeito Toninho Lins informações sobre o assunto. De acordo com o ofício enviado ao prefeito de Rio Largo, Toninho Lins, o Poder Executivo tem prazo de 15 dias para se defender a respeito da acusação feita pelo vereador José Márcio.
Na representação encaminhada à chefia do MPE/AL, o parlamentar alegou que, ao saber das conversas do suposto financiamento da reforma do fórum com recursos do Município, solicitou oficialmente informações à Prefeitura, que não respondeu ao seu pedido.
No ofício, Sérgio Jucá dá prazo de duas semanas para que Toninho Lins apresente resposta. Do contrário, se ele deixar de responder a requisição feita pela Procuradoria Geral de Justiça, estará incorrendo no crime de desobediência, que prevê pena de reclusão de até dois anos e será processado criminalmente pelo Ministério Público. (Informações da Assessoria do MPE)
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