Quando renunciou ao mandato - no dia 03 de fevereiro - o ex-prefeito de Piranhas, Dante Alighieri Salatiel de Alencar Bezerra de Menezes, o Dr. Dante (PDT), deixou seu grupo político ‘orfão’ de um líder oposicionista na cidade.

Apagando de vez promessas de campanha e juramentos feitos para população enquanto gestor, Dante Alighieri sai da chefia do Executivo sem terminar o mandato que findará em dezembro de 2016. Jogou fora todo seu “Poder” de enfrentamento à família Damasceno/Freitas que derrotou em 2012.

Dr. Dante extirpou da Prefeitura o grupo político da ex-prefeita Mellina Freitas (PMDB) que comandava o município há mais de dez anos.  O ex-prefeito venceu o pleito surpreendendo a todos na cidade – e em Alagoas - por interromper uma hegemonia política na cidade sertaneja.

Na carta renúncia divulgada à imprensa, o agora ex-prefeito de Piranhas fez questão de esclarecer os motivos de sua saída da Prefeitura.

“Nesse momento, sinto-me no dever de esclarecer que minha decisão decorre da situação aflitiva que tenho vivido juntamente com minha família e que se instalou principalmente em decorrência da mudança radical do cenário político de Piranhas-AL, promovida após a minha eleição ao cargo de prefeito municipal. Nesse panorama tentaram me impingir gravames desprezíveis a fim de macularem a minha reputação e a confiança que vocês me depositaram ao sufragarem meu nome nas urnas, elegendo-me Prefeito do Município de Piranhas”, escreveu Dr.Dante.

O pedetista foi eleito com 6.466 votos (52,84% dos votos válidos) contra 5.676 votos (46,38% dos votos válidos) de Mellina Freitas.  Ainda no pleito de 2012 emplacou a esposa – Dra. Symone (PDT) – na Câmara Municipal. 

Após a renúncia, como ficará a vereadora no legisltivo municipal? Sem o apoio e orientação do marido, comenta-se nos bastidores que Drª. Symone também vai seguir o esposo e deixar a política com o fim do mandato. Ou seja,  é o mesmo que dizer “uma andorinha só não faz verão”.

Mas o ex-prefeito também sabe que errou bastante ao administrar o Executivo com aliados que – de certa forma – prejudicaram sua administração. Foi mais além do erro político quando nomeou parentes na gestão municipal.

Segundo um ex-aliado do pedetista, “administrar em família ajuda mais que atrapalha qualquer gestor, principalmente, quando os parentes mandam mais que o próprio prefeito”.

Por outro lado, Dr. Dante deixa o Executivo piranhense na certeza que fez certo o papel de administrador, porém, esqueceu do lado político. Os 6.466 eleitores - que o elegeram em 2012 - deverão seguir novos caminhos em 2016 com a lacuna deixada pelo ex-prefeito.  

Com todo esse cenário político em Piranhas, continua administrando a cidade o ex-vice-prefeito e atual prefeito Manoel Brasiliano de Santana, o Manoel de Audálio (PDT), agora aliado fiel da família Damasceno/Freitas.

Viva a democracia!

Será?

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