Há meses que a administração em Campo Grande passa por problemas administrativos e políticos no município. O prefeito da cidade, Miguel Higino (PP), enfrenta uma crise que vai em confronto até com servidores públicos municipais.

Com salários atrasados, funcionários da Saúde são os que mais enfrentam justificativas pífias do Poder Executivo Municipal. Há uma inquietação entre a maioria dos servidores campo-grandenses que temem até não receber o 13º salário de 2014.

Ah, aviso aos servidores: o 13º deve ser pago, obrigatoriamente, até o dia 20 de dezembro. A Lei 4.749, de 12/08/1965, que dispõe sobre o pagamento do Décimo Terceiro, foi instituída no governo de João Goulart por meio da Lei 4.090, de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto 57.155, de 03/11/1965 e alterações posteriores.

Porém, segundo fontes do blog, a secretária-adjunta de Saúde, Carla Michele, comunicou que hoje (10) estaria liberando os pagamentos dos servidores, bem como, deixando em dia os salários de todos os funcionários. (Meses em atraso serão quitados)

Por outro lado, além do embate existente com os servidores municipais, Miguel Higino também enfrenta uma grande rejeição na cidade. Em Campo Grande, seus agora ex-eleitores são os que mais criticam veemente o modelo político adotado pelo gestor.

Higino tem sido chamado de um “fascista” – ao invés do regime democrático o regime autoritário – devido suas atitudes tomadas na Prefeitura. Reclamações ainda se estendem pela ausência da administração municipal: falta de coleta de lixo, limpeza nas ruas da cidade e alguns serviços prioritários para população que não são fornecidos.  

A oposição, no entanto, continua em silêncio. A Câmara de Vereadores não se manifesta em cobrar do Poder Público suas obrigações. O prefeito tem na casa legislativa apenas quatro parlamentares, ou seja, a minoria: Josefa Barbosa (PTB); Maria Inês (PSD); Edson Dantas, o Edinho (PTB); e José Rosendo dos Santos, o Pimenta (PTB). Maioria dos vereadores é contra a atual gestão.  

Se continuar nessa situação, onde os munícipes desaprovam a atual gestão, há quem diga que Higino vai complicar sua reeleição em 2016. Até lá, claro, muitas mudanças devem acontecer e o prefeito – se deixar seu ‘fascismo’ – poderá aumentar sua popularidade.

Enquanto isso, o índice de rejeição é cada vez maior. Clamam no município, entretanto, pelo retorno do ex-prefeito e tio de Miguel, Arnaldo Higino (PP), responsável em deixar a Prefeitura de Campo Grande para o sobrinho.

Será?

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