Não! Eu não estava participando da tal ‘considerada uma das maiores festas náuticas do País”.
A abertura do Verão Lopana, que – segundo os Bombeiros - reuniu cerca de 30 mil (tudo isso?) pessoas na Praia de Pajuçara, chamou atenção deste jornalista no sábado, 29, ao ter que presenciar uma cena de indignar qualquer cidadão.
O fato que aconteceu logo após a festa náutica foi revoltante para quem assistiu o “espetáculo”. Bem próximo aos sete coqueiros, lá na feirinha da Pajuçara, uma briga chamou atenção de quem passava no local.
Os personagens: A turma da “Elite” (em torno de seis pessoas entre rapazes e moças), o "playboy" e o taxista.
Um dos rapazes da turma que estava muito embriagado – ah, benquisto na sociedade maceioense e de família com sobrenome bastante conhecido - jogou o corpo no carro de um taxista que – em serviço– aguardava para seguir em meio ao tumulto de carros e pessoas no local.
Porém, ao sentir que o certo rapaz da “Turma da Elite” encostou em seu veículo – ressalto que era um carro novo (qualquer pessoa faria o mesmo se fosse no próprio automóvel e por diversas vezes) – desceu para saber o que aconteceu.
Insatisfeito com os encostos, o taxista – com toda sua plena razão - pediu para que o tal “playboy” saísse de perto de seu carro. Resultado: foi recebido com socos e pontapés pelo rapaz da “Elite” que se achava no direito de cair por cima do carro. A partir daí começaram os ataques do “palyboy” (e sua turma) contra o taxista.
Aos olhares das pessoas na rua, o “playboy” – ‘tomado pelo álcool’ – não cessava em querer agredir o taxista. Tanto verbalmente como fisicamente, ele – o taxista - foi vítima da turma que acabara de sair da tal festa na Pajuçara, após um dia de muita farra, bebidas e perturbação para os moradores da orla.
Entretanto, o nobre taxista tentou – ainda que impedido pelos colegas (as) do “playboy” – convencê-lo de que ele estava totalmente errado. E, novamente, o tal “playboy” - endiabrado pela quantidade ingerida de álcool - avançou contra o taxista com mais socos e pontapés.
Desta vez, o taxista que estava indefeso – em sua convicção racional e sozinho na confusão – tentou retrucar da mesma forma que foi agredido. Porém, em seguida, foi empurrado e afastado pelas moças que faziam parte da turma da “Elite”. Uma delas, inclusive, avisou: “Somos advogados. Você vai pagar por isso”. Sim! E daí? Quem tava errado mesmo?
De longe, o “playboy” – ainda insatisfeito com tudo que aprontou – tentava sair das garras dos seus amigos para (de novo) querer agredir o taxista que já se encontrava dominado (sendo convencido que estava errado. Hilário!) pelas amigas da turma da “Elite”.
No vai e vem da confusão, eis que surge Policiais do 1º BPM (Batalhão de Polícia Militar) para ‘acalmar’ todos.
O que aconteceu?
O “playboy” – ironicamente - avançou para um dos PMs com a mão estirada e disse: “Me prenda. Me prenda agora.” Em tom de zombação, claro, para que o PM reagisse contra sua atitude. Mas, calmamente, o policial (ciente do grau de álcool consumido pelo rapaz) pediu que ele se contralasse e respeitasse o espaço da autoridade. Logo após, as amigas retiraram o “palyboy” para não haver mais problemas.
Assim, os PMs pediram que a turma fosse embora do local para apaziguar o descontrole do “playboy” valente. Do outro lado, o taxista – revoltado – contou para os demais policiais o ocorrido. De fato, foi ignorado – já que a turma da “Elite” havia dito aos PMs que a culpa toda era dele – e obrigado por um dos Pms para também se retirar do local.
Ao sair totalmente indignado (revoltado) com tudo que aconteceu, ainda que em lágrimas por ter sido desmoralizado na frente das pessoas que assistiam ao show do “playboy”, o taxista gritou para o policial que ordenou sua saída daquele lugar:
“Me respeite! Eu sou um pai de família, estou trabalhando, fui desmoralizado e não estou aqui vagabundando. Sou evangélico, não bebo e não desrespeitei ninguém. Fui agredido sem ter como me defender. Eu estou fazendo o meu trabalho. Isso é um absurdo”.
Os PMs deixaram que a turma da “Elite” – causadora de toda encenação e agressão ao taxista - fosse embora sem registrar – no mínimo – um Termo circunstancial de Ocorrência (TCO). Como se nada – apesar de alguns populares manifestarem apoio ao taxista – tivesse acontecido.
Numa outra ponta da avenida, dois turistas – revoltados – completaram: “Absurdo mesmo. Isso só acontece aqui em Alagoas. O taxista foi vítima. Estava todo certo e ainda foi agredido de todas as formas. Os PMs nada fizeram contra aqueles rapazes e moças valentes – o “playboy” e sua turma – que foram embora após desmoralizar o cara que estava trabalhando. Absurdo”, disseram os nossos visitantes.
Sinceramente, fiquei indignado (e todos que estavam no momento também) com toda cena presenciada em plena orla de Maceió.
Como se não bastasse toda podridão (lixos e mais lixos acumulados) na areia e mar de Pajuçara.
Deixo aberto os comentários e questionamentos para os leitores.
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Em tempo: Devido aos inúmeros comentários desta matéria do Lopana, já que a repercussão foi grande, eis que me senti na obrigação de uma resposta por conta de está sendo chamado de conivente, invejoso, sensacionalista. Enfim, veja o que escrevi sobre não me envolver na briga e nem citar o sobrenome dos rapazes.
Resposta aos Leitores - A repercusão da matéria do Lopana, do playboy e do taxista
Atualizada às 18hrs!