Em Outubro, os vereadores Ismael Ferreira (PRTB), Márcio Santos (PSD), Claudemir da Silva, o Mima (PSB), e Albertina Cabral, a Beta do Brasil Novo (PRTB), entraram com requerimento na Câmara de Vereadores de Rio Largo pedindo que a casa instaurasse uma Comissão Especial de Investigação (CEI). 

A CEI - que apura denúncias de irregularidades na gestão do prefeito Toninho Lins (PSB) - foi formada pelos vereadores: Márcio Santos (Presidente), Mauricio Pinto (Relator), Claudemir da Silva – o Mima, Ismael Ferreira e Vanildo Rufino.

Na terça-feira (04), os parlamentares se reuniram para definir diretrizes dos trabalhos e aguardam a documentação que foi solicitada à Prefeitura. Porém, segundo os vereadores, a assessoria do prefeito pediu um prazo de trinta dias para apresentação dos documentos. Eles – a vereança – deram apenas o tempo máximo de vinte dias.

Porém, a última sessão ordinária foi marcada pelo discurso do vereador Claudemir da Silva, o Mima (PSB), que usou a tribuna do legislativo para acusar Toninho Lins de ameaçar e perseguir os parlamentares que criaram a Comissão.

“Nós Tivemos algumas reuniões refrentes à CEI. Começamos a fiscalizar e ver que algumas coisas realmente não se encacham.  Mas eu quero dizer que a CEI irá continuar. Ela será cobrada. Mesmo com tantas perseguições, picuinhas e querendo humilhar os vereadores que estão cobrando e fiscalizando. Por que tantas ameaças e perseguições? Por que perseguir a vereadora Beta do Brasil Novo? Por que não querer limpar o Brasil Novo e iluminar? Será que isso só atinge a vereadora Beta ou aquela comunidade que precisa?”, indagou Mima.

Entretanto, ainda em discurso na Câmara, Mima disse que o prefeito tenta de todas as formas prejudicar os trabalhos da CEI e denigrir a imagem dos vereadores nas comunidades.

“Os tempos mudaram e a farra acabou. Para se ter uma ideia uma CEI nunca foi aberta na cidade. Esse é o papel do vereador de fiscalizar. Vamos parar a comissão sabe quando? Quando os Pontos de Ônibus estiverem feitos. Quando as Unidades de Saúde estiveram funcionando. Quando os servidores estiverem com os reajustes que merecem. Quando as obras forem feitas. Mesmo no meio de tantas perseguições. O prefeito ligou me ameaçando e está gravado. Agora está perseguindo a vereadora Beta. Foi no Multirão (bairro da cidade) e esculhambou o vereador Ismael e denigriu a imagem dele. Por que isso? Por que será? Acho que a sociedade sabe o que está contecendo”, reforçou. 

O vereador também falou que a cidade vive coberta por uma “nuvem escura” de tanta corrupção e destacou o interesse de Toninho Lins em administrar Rio Largo por conta dos recursos altos.

“Desde criança ouvi falar que Rio Largo não dava certo. Que Rio Largo tinha esse entra e sai de prefeito. Hoje podemos dizer que tentaram fazer um comércio de Rio Largo. Tentaram fazer uma negociação. Isso é um absurdo! Mas eu quero dizer que nós vamos continuar cobrando para o bem da cidade. Quando entramos em Rio Largo a gente ver aquela nuvem escura. A fachada caída e aqueles prédios antigos abandonados. Os vereadores querem a cidade funcionando como naquelas fotos antigas que ver o comércio com as árvores. Que você pode buscar sua filha e seu amigo para se divertir na cidade. E ver realmente que a cidade funciona. Esta é a cidade que os vereadores estão querendo. Não é a cidade do comércio. Não é a cidade do gestor que está de olho por conta dos recursos. Precisamos cobrar e iremos continuar fiscalizando”, pontuou Mima.  

Ministério Público de Alagoas

Por fim, o parlamentar reforçou as palavras se comprometendo - ao término da CEI - procurar o Ministério Público do Estado de Alagoas (MPE-AL) e os Órgaos Fiscalizadores para entregar todo relatório apurado.

“Não importa a perseguição. Iniciamos uma CEI e quando terminá-la vamos ao Órgãos Públicos Fiscalizadores, como o Ministério Público de Alagoas. O que não vamos permitir é que Rio Largo continue do jeito que estar. Isso (no caso da CEI) é histórico em Rio Largo. Nunca houve quatros vereadores não de oposição ao gestor, mas exigindo, cobrando, fiscalizando e procurando saber cada centavo e cada recurso da Educação, Saúde e todas as áreas. Além disso, saber onde estão indo e de que forma estão sendo usados os recursos. Não vamos abrir mão disso”, finalizou Claudemir da Silva.  

Sem conseguir contato via telefone, o blog deixa o espaço aberto para que o prefeito Toninho Lins fale sobre essas acusações. 

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Com informações e apoio do Rio Largo Web