Não há duvidas que o senador Renan Calheiros (PMDB) é um político destemido das crises que aparecem e um articulador ‘aguerrido’ na hora em que os prejuízos da política podem recair sobre seus aliados e até ele próprio.

Mesmo insatisfeitos com os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), os gestores alagoanos entenderam – com orientação singular do senador – adiar a paralisação nas prefeituras alagoanas antes do segundo turno da eleição presidencial.

Por quê?

Se Calheiros não dialogasse com os prefeitos, o fechamento das Prefeituras acarretaria em danos na votação do próximo domingo, 26, quando os eleitores vão às urnas escolher o presidente do Brasil. Com isso, prejudicaria – de fato - à reeleição de Dilma Rousseff (PT) que é aliada do presidente do Senado Federal.

A conversa entre os prefeitos (cerca de 30, segundo assessoria) que estiveram presentes na reunião “Calheirista” pode ter sido – até então – satisfatório. Porém, outros gestores não gostaram muito da ideia em adiar o que já estava programado pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA).

Antes da reunião com Calheiros, o presidente Jorge Dantas – da AMA - havia apresentado um modelo de decreto para ser aplicado nos municípios e discutiu medidas administrativas e de restrição orçamentária para serem tomadas com o objetivo de amenizar os efeitos da crise financeira enfrentada pelas Prefeituras.

Segundo comentários de alguns prefeitos e assessores e que blog teve acesso, a decisão tomada pelos que estavam presentes à reunião se tornou de interesse político-partidária em ‘obediência’ e favor ao pedido do senador Renan. Tudo isso porque – antes - alguns gestores estavam ‘furiosos’ com a presidente Dilma e, na sede da AMA, criticaram veemente o governo petista.  

Renan (pai), portanto, agiu imediatamente para que esses ‘furiosos’ não propagassem às críticas para outros municípios do Estado. Isso, também, afetaria na votação do domingo quando a culpa da crise seria – como dizem os gestores – “culpa do Governo Federal e da Dilma”. (Que ele nunca veja os grupos no whatsapps dos prefeitos e prefeitas).

Contudo, o senador Renan Calheiros conseguiu acalmar não todos, mas os prefeitos que – em minoria – adiaram a paralisação nas Prefeituras alagoanas. Mais uma vez, Calheiros se mostrou um ‘mestre’ em articulação política.

Dizem que, desta vez, Renan 'pediu' e os prefeitos - nem todos satisfeitos - obedeceram.

Será?

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