Na reta final da campanha - faltando apenas três dias para o pleito - já há um “zum zum zum” que a dinheirama 'rola' (ou vai 'rolar') – principalmente – no interior de Alagoas. São pessoas que serão corrompidas por aqueles que preferem se eleger comprando a consciência da população.

Entre os mandatários (detentores do Poder), por exemplo, todo mundo sabe que os acordos foram feitos - durante toda campanha eleitoral - sob um retorno viável (principalmente pelo favorecimento financeiro) em troca da transferência de votos para os candidatos que receberam apoios.

Segundo o que confidenciou ao blog uma liderança política -  o qual preservo o nome, na cidade em que ele mora, no agreste do Estado, o voto casado para deputados (leia-se federal e estadual) – por exemplo - tem valor aproximado de R$ 300.

“Tem eleitor que cobra até R$ 300 para votar em deputados. Quando a gente vai pedir o voto para os candidatos, eles – o eleitor – vêm logo dizendo que vota por tantos reais. O povo está acostumado a votar pelo dinheiro por conta que os políticos viciaram dessa forma. Não há mais o voto consciente. Parece que tudo é na base do dinheiro, principalmente, quando a cidade é dominada por dois grupos políticos. A disputa é para ver quem dará mais votos aos candidatos dos grupos”, revelou a liderança.

Porém, não é só o eleitor que tem vantagens no pleito do próximo dia 05 de outubro. Vale ressaltar que a ‘dinheirama’ também chega nas mãos dos que estão no Poder. Sabe-se que nos municípios onde a pobreza é maior, a exemplo de cidades entre o agreste e sertão de Alagoas, muitos prefeitos têm o lugar como um “curral eleitoral”.

Como já publique neste espaço, o voto de ‘cabresto’ - conhecido como o voto que faz o eleitor escolher contra sua vontade e para o bem do político-chefe – está sendo praticado em várias regiões de Alagoas. É o verdadeiro sistema tradicional de controle de poder político através do abuso de autoridade, compra de votos ou utilização da máquina pública. 

Em matéria publicada hoje (02) aqui no Cadaminuto, o delegado Marco Antônio Gomes Pereira, titular da Delegacia de Segurança Institucional (Delinst) da PF em Alagoas, revelou à reportagem que as equipes já receberam muitas denúncias e estão apurando a veracidade dos fatos.

O delegado disse ainda que os dias que antecedem as eleições são frequentes as denúncias de compra de voto. Vale lembrar também que a PF está presente em todos os municípios alagoanos. Desde a última segunda-feira (29) até o domingo (05), os agentes estarão dando apoio nas eleições para que não ocorra fraudes nos municípios.  

Denuncie

Segundo coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral em Alagoas (MCCE/AL), Fernando Antônio dos Santos, mais conhecido como 'Fernando CPI',  quem tenta comprar o voto de alguém, ofende a lisura e a legitimidade do pleito, além do princípio inequívoco da liberdade e o sigilo do voto.

“Quem detectar um crime eleitoral pode, imediatamente, comunicar ao Ministério Público Eleitoral que deverá proceder com a iniciação de uma Ação Penal Pública. Um juiz analisará os fatos e, caso concorde com a denúncia, fica instaurada a ação. A Lei Eleitoral apresenta claramente o que é crime; e tudo que for apurado e comprovado, pela autoridade judicial, haverá sanções penais que pode chegar até a detenção dos culpados, ou ainda, pode haver reclusão e multa”, explicou.

Para denunciar basta entrar em contato através do email do MCCE que é o comite9840-al@hotmail.com e enviar filmagens, fotos, endereço dos envolvidos e nome do candidato envolvido. O telefone de contato é o 9948-8350.

Portanto, denuncie qualquer forma de burlar o que determina a legislação eleitoral.

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