O site Congresso em Foco divulgou ontem (30) uma lista contendo os nomes de onze senadores que concorrem a cargos eletivos no próximo domingo, dia 05 de outubro, e que são alvo de inquérito ou ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF). Dos citados, o senador Fernando Collor (PTB) aparece na matéria com o número do inquérito (3883) e a descrição (lavagem de dinheiro).
Segundo o Congresso em Foco, todos os senadores citados acima foram procurados por email e telefone. Porém, até a publicação da reportagem, ou seja, ontem/terça-feira (30), apenas Lindberg Farias (PT-RJ) e Paulo Bauer (PSDB-SC) enviaram esclarecimentos sobre as investigações.
No detalhe do inquérito, disponível no site do STF (Veja aqui todo o inquérito), o assunto trata de Crimes Previstos na Legislação Extravagante | Crimes de "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores. O procedimento foi aberto no dia 7 de julho pelo ministro Teori após a Justiça Federal no Paraná enviar ao Supremo Federal 67 páginas de documentos.
O ministro Zavascki, entretanto, designou o juiz Márcio Schiefler para cuidar do caso, como consta no despacho: “Delego ao Juiz de Direito Márcio Schiefler Fontes, magistrado instrutor convocado para atuar neste Gabinete, a condução do presente inquérito criminal, nos termos do art. 3º, III, da Lei 8.038/1990 e do art. 21-A do RISTF”.
A Operação
De acordo com a publicação do Congresso em Foco, a Justiça do Paraná enviou ao STF o que considera provas encontradas fortuitamente durante buscas da “Operação Lava Jato”, acerca da suposta relação existente entre o senador Fernando Collor (PTB) e o doleiro Alberto Youssef.
Segundo o site, o juiz Sérgio Moro relatou que, durante busca e apreensão realizada no escritório do doleiro, foram apreendidos oito comprovantes de depósitos bancários – em espécie – que teriam como beneficiário Collor. Nos despachos, os valores correspondem a oito depósitos fracionados de R$ 1.500; R$ 9.000; R$ 1.500; R$ 9.000; R$ 8.000; R$ 9.000; R$ 8.000 e R$ 4.000 totalizando R$ 50 mil, entre os dias 02 e 03 de 05/2013.
Senador não fala sobre o assunto
Até hoje, Collor nunca explicou à imprensa – em Alagoas e nacional – sobre a origem dinheiro em suas contas. Tanto que o jornalista Ricardo Mota, do Sistema Pajuçara de Comunicação, disse ontem (30) em um post que divulgará, na íntegra, no programa da Pajuçara FM e no seu blog, qualquer mensagem enviada pelo senador Fernando Collor respondendo à pergunta feita – pelo jornalista - no seu progra de rádio, o Doze e dez Notícias:
“Os depósitos foram ou não foram feitos pelo doleiro Youssef nas contas do senador?”, escreveu Mota.
Apenas em maio deste ano, Collor negou manter qualquer relacionamento pessoal ou político com o Alberto Youssef. Em discurso no plenário do Senado, o ex-presidente não negou em nenhum momento ter recebido o dinheiro de Youssef. Apenas disse que não mantém relações com o doleiro ou com Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras preso pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.
O Leitor que desejar acompanhar o inquérito, que é acessível para qualquer cidadão, basta clicar aqui!
Por fim, digo: Aqui, como vejo em outros blogs e sites jornalísticos, o espaço também fica aberto para quaisquer esclarecimentos da assessoria ou do próprio senador Fernando Collor.
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