A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) disse ontem (12) que considera a estratégia do Partido dos Trabalhadores (PT) – em atacá-la – comparada ao que o ex-presidente e atual senador, Fernando Collor (PTB), utilizou na campanha de 1989.

Segundo o Estadão.com, em entrevista coletiva concedida aos jornalistas presentes no evento realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Marina falou que as "pesquisas representam um momento da campanha" e associou a estratégia do PT a mesma utilizada por Collor contra o ex-presidente Lula.

"Eu vi o (Fernando) Collor de Mello ganhar uma eleição do Lula usando a mesma estratégia que a presidente está usando. E não foi um resultado bom para o País, porque o dividiu. Eu quero ganhar uma eleição com base no debate, nas propostas, e não com a indústria da calúnia, da mentira, do boato, do preconceito e da difamação. Eu lutei muito quando faziam a mesma coisa que fazem agora comigo. O mesmo punhal enferrujado está agora sendo usado contra mim", afirmou ela lembrando que não "vale tudo" para ganhar a eleição.

A comparação de Marina ocorre duas semanas após a campanha petista associar em suas inserções a ex-ministra a Collor e a Jânio Quadros. Na ocasião a comparação foi alvo de críticas dentro do próprio PT e do ex-presidente Lula

"Somos diferentes em relação ao projeto que hoje tem uma estratégia de agressão, de boatos. A sociedade brasileira tem maturidade. No decorrer do processo, haverá de firmar o seu posicionamento com base nas ideias que estamos apresentando", disse.

Dilma fala que Collor não é próximo do governo

Quando perguntada dos apoios que seu governo tem com os senadores do PMDB, José Sarney (MA) e Renan Calheiros (AL); Fernando Collor (PTB), e além do deputado do PP de São Paulo, Paulo Maluf, a presidente Dilma Rousseff foi enfática.

Em sabatina do jornal O Globo, a petista foi questionada por um internauta se tinha orgulho das alianças que possui, citando os nomes dos parlamentares, e se elas eram coerentes com a sua história e de seu partido.

Dilma, segundo o Estadão.com, classificou a pergunta de "enviesada" e depois de defender o ex-presidente José Sarney, respondeu com subterfúgios em relação aos demais.  Sobre o ex-presidente: "a Justiça inocentou o Collor e eu não sou uma instância de condenação do Collor".

Em seguida, a presidente disse que "Collor não é uma pessoa absolutamente próxima do governo" e que "ele tem sua posição lá em Alagoas, e eu respeito". A presidente não se refere, no entanto, ao fato dele integrar a base de apoio do governo no Congresso e ter acompanhado a presidente Dilma em viagens em seu avião presidencial, além das diversas vezes que ela o recebeu no Planalto.

Será?

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Com informações do Estadao.com