Não vai nada bem o clima político na cidade de Joaquim Gomes, localizada na zona da mata de Alagoas, desde que a prefeita interina Ana Genilda Costa Couto, a Ana do Jaime (PMDB), assumiu à Prefeitura do município.
A briga entre a gestora e alguns vereadores tem causado discórdias políticas que prejudicam o andamento da administração municipal. Esta semana, por exemplo, o vereador Márcio Gerônimo (PR) denunciou – via rede social - que Ana do Jaime está cometendo ato de improbidade administrativa.
De acordo com o parlamentar, a gestora mandou cortar dos salários dos garis e servidores da limpeza pública as horas extras e insalubridades que são permitidos por Lei. Em sua página oficial no facebook, o vereador denunciou – através de fotos com contracheques dos servidores – os cortes realizados pelo Executivo.
“Prefeita comete ato de improbidade administrativa, corta dos servidores da limpeza (gari) horas extras que foram trabalhadas e a insalubridade que é 40% sobre o salário mínimo que é lei. Direito adquirido. Não vão me calar!”, escreveu.
Gerônimo recebeu às denúncias de alguns servidores do município que apresentaram os contracheques dos meses de junho e julho onde compararam os salários. Uma servidora que recebeu – em junho – o valor líquido de R$ 724, 67; em julho, como mostra o contracheque, passou a receber R$ 436, 37. O corte na insalubridade de 40% sobre o salário foi de R$ 288, 00.
Lei 495/2013, de 11 de dezembro de 2013
Segundo o que determina a Lei 495/2013, de 11 de dezembro de 2013, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito, fica criada as atividades de insalubres ou perigosas para todos os servidores públicos do Poder Executivo Municipal de Joaquim Gomes, que trabalham em condições insalubres ou perigosas.
Retaliação
Não satisfeita com as acusações feitas pelo vereador, a prefeita Ana Genilda exonerou a secretária de Educação, Márcia Gerônimo, que é irmã do parlamentar. O motivo também se deu por conta que Gerônimo - no plenário da Câmara de Vereadores – chamou o grupo da atual prefeita de “organização criminosa”.
A briga entre prefeita e vereador se arrasta ainda por conta da matéria publicada no jornal Gazeta de Alagoas, na edição de quarta-feira (06), citando o nome de Márcio Gerônimo como um dos integrantes do esquema de compra das notas frias na Prefeitura de Joaquim Gomes.
O fato ocorreu durante a gestão de Antônio Araújo Barros, o Toinho Batista (PSDB), que foi afastado pela Justiça. A denúncia foi feita pelo empresário Sandro Rodrigues Lins, um dos principais fornecedores das notas por meio de duas empresas da qual era sócio.
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