Após 14 dias que reassumiu o município de Campo Grande, o prefeito Miguel Higino (PP), ainda não conseguiu dar continuidade à sua administração por falta de documentos nas Secretarias e Prefeitura. Durante o período de afastamento, o presidente da Câmara Vereadores, o vereador Saulo Moura (PT), comandou o município.

Na última terça-feira, 11, Higino decretou situação de anormalidade administrativa. No decreto, o prefeito disse que a medida é necessária devido à inexistência de informações sobre processos licitatórios ou dispensas, como também, da retirada de documentos oficiais da sede da prefeitura

Em conversa com o Blog, Higino revelou que computadores tiveram peças (HDs e memórias) retirados e, alguns deles, sumiram das Secretarias; documentos necessários com informações contendo gastos, pagamentos e valores repassados ao município (no período de afastamento) também não foram encontrados. Ainda assim, disse o gestor, não há merenda, falta medicamentos e uma série de problemas administrativos.

“Estamos impossibilitados de fazer algo no município por falta de documentos, computadores e sem saber os gastos que foram feitos nos quatro meses em que estive afastado. Infelizmente, isso prejudica o andamento dos trabalhos e complica ainda mais o atendimento na saúde, educação e outras áreas. Vamos – juridicamente - ver o que pode ser feito para não prejudicar a população que necessita (com urgência) dos serviços básicos na cidade”, explicou Miguel.

Na portaria que está publicada no Diário Oficial do Estado (DOE/AL), da terça-feira (11), a determinação também é pela exoneração de todos os servidores ocupantes de cargos em comissão nomeados entre de outubro de 2013 e fevereiro de 2014 - sob o comando do vereador Saulo Moura. No entanto, o período de anormalidade é de 90 dias e pode ser prorrogado por mais 90.

“Determinei ainda a formação de uma Comissão Especial para avaliação da situação financeira, contábil e patrimonial do município. A comissão deverá entregar um relatório no prazo de trinta dias”, destacou o prefeito.

Aliados?

Miguel Higino retornou ao cargo após quatro meses longe da Prefeitura da cidade (entre outubro de 2013 e fevereiro 2014). Com a volta dele, alguns políticos da região ficaram preocupados por terem apoiado e levantado bandeira – durante o afastamento de Higino – para o presidente da Câmara Municipal, Saulo Moura (PT).

Agora, o prefeito retorna ao Executivo campo-grandense sabendo quem é aliado ou não. Na região do agreste, a família Higino continua no comando das cidades de Campo Grande e Olho d’Água Grande.

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