Atualizada às 22:05
Al Unser Ayslan Silva do Nascimento, acusado de assassinar o torcedor do Clube de Regatas Brasil (CRB), Jonathan Daniel dos Santos, voltou a afirmar, na tarde desta terça-feira (25), durante o julgamento do caso, que foi torturado por uma delegada da Polícia Civil para assinar um depoimento. Mesmo com as tentativas da defesa de incocentar o acusado, o rapaz foi condenado a 21 anos de prisão.
“Pegaram da minha mão e me obrigaram”, disse o acusado durante o julgamento, presidido pelo juiz Maurício Brêda.
Após a afirmação do réu, o magistrado mostrou os documentos assinados por Al Unser, que confirmou que a letra era sua.
Confiante
O pai do torcedor, antes do término do julgamento e afirmou que estava confiante na condenação do acusado. “No que pesa a ‘frouxura’ da Justiça, espero que ele seja condenado. Confio no conselho de sentença”, declarou José Virgulino dos Santos.
“Eu não vivo, eu vegeto desde que mataram meu filho”, desabafou o pai da vítima.
José Virgulino acredita que a justiça foi feita. "É um alívio saber que ele vai pagar pelo que fez, mesmo que isso não traga meu filho de volta, é bom saber que não ficará impune" desabafa.
O caso
O CRB já havia marcado dois gols no primeiro tempo da partida contra o América (RN), no dia 07 de julho de 2012, quando no intervalo, torcedores do rival se aproximaram da grade que os separavam dos regateanos, para intimidá-los. A torcida do CRB tentava se aproximar, quando foi impedida pelos policiais que faziam a segurança.
Com o final do jogo e a vitória do time alagoano, uma enorme confusão foi registrada no estacionamento do estádio do Rei Pelé, no Trapiche da Barra, quando torcedores do CRB apedrejaram um dos ônibus dos torcedores do América. Disparos de arma de fogo foram ouvidos e Jonatan Daniel foi atingido.