Alagoas é um estado pobre. E ele é pobre porque seus habitantes produzem pouco. E eles produzem pouco porque temos um estado gigante sugando toda nossa riqueza e nos impedindo de crescer. O Brasil é um país muito fechado e, por isso, já é difícil termos investimento externo por aqui. Quem quer pagar tanto imposto? Tanta insegurança? Mas em Alagoas? É ainda pior.

Tratamos os empresários como bandidos e vivemos de coitadismo. Como pedintes, achamos que é o governo que nos tirará da pobreza. Pensamos que o governo estadual pode pedir mais verba ao governo federal. Achamos que mais funcionários públicos, mais fiscais, mais gastos vão nos tornar mais ricos. É incrível!

Deixa eu explicar uma coisa que qualquer economista sabe. Só aumentamos a produtividade com mais capital. E como Alagoas expulsa o capital daqui com seus impostos escorchantes e sua política nefasta, nós nunca sairemos desse círculo vicioso. Tente abrir uma empresa nesse estado e você verá como é tratado.

Querem um exemplo? Qual a nossa solução mágica para melhorar o transporte público? É maior abertura do mercado? É fomentando mais concorrência? É baixando imposto? Não! É pedindo almoço grátis em forma de tarifa zero ou meia-entrada. Reclamamos do serviço e queremos estatizar ainda mais!

Enquanto isso, o governo faz sua parte fechando ainda mais o mercado. Protegendo grandes indústrias, apertando a fiscalização nas pequenas, punindo os camelôs e “clandestinos”, exatamente os empreendedores mais pobres. Você já viu algum grande empresário amigo do governo achando bom liberdade econômica? Eles adoram o estado! O estado protege seu mercado.

Não é à toa que o sonho da maioria dos jovens minimamente qualificados em Alagoas não é abrir sua empresa e gerar riqueza. É passar num concurso público. Bom, vagas são muitas e vão durar até quando o indivíduo pagador de impostos agüentar. Um dia, porém, temos que nos perguntar: quem vai pagar o salário de tantos concursados?