Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Alagoas estão em estado de greve. De acordo com o presidente do Sindicato dos Correios em Alagoas, Altanes Holanda, a greve pode ser deflagrada a qualquer momento no estado. Na próxima terça-feira (4), os trabalhadores realizam um ato público, às 8h30, em frente à agência do Centro de Maceió, para decidir sobre a possível paralisação da categoria.
De acordo com Holanda, o ato, que ocorre em todo o Brasil, acontece após mudanças no plano de saúde. “As alterações trarão prejuízos a nós trabalhadores, já que com a mudança, provavelmente, nós que teremos que arcar com as despesas da mensalidade do plano”, destacou.
O desentendimento vem desde abril do ano passado, quando foi criado o Postal Saúde, caixa de assistência que, de acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), representa a privatização do convênio médico, o Correios Saúde. A Fentect estima que a estrutura do Postal Saúde custe R$ 120 milhões, a serem bancados pelos empregados, e não pelos Correios.
A diferença é que pelo convênio antigo, os funcionários pagavam de 10% a 20% do valor dos serviços utilizados, de acordo com o salário que recebiam. Pelo Postal Saúde, os preços aumentaram e uma mensalidade passou a ser cobrada.
Em nota, os Correios negam ter descumprido a determinação do TST em relação ao plano de saúde. "Todos os benefícios estão garantidos, incluindo dependentes cadastrados, porcentagem de compartilhamento, não cobrança de mensalidade ou tarifas, rede credenciada e cobertura de procedimentos entre outros", diz a nota.
Os estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Piauí, Amazonas, Paraná, Ceará, Santa Catarina, Pernambuco, Paraíba e cidades de São Paulo já deflagraram greve. Em outros estados, como Alagoas, Roraima, Bahia e Sergipe estão com assembléias marcadas.