Foi com essa expressão que flagrei uma mulher jovem, morena, acima do peso e de baixa estatura enquanto lia a manchete estampada no jornal Gazeta na banca de revista que fica em frente ao Espaço 20, na Jatiúca, onde paro todos os dias por alguns segundos durante a minha corrida matinal para também ver as manchetes dos jornais e revistas. O olhar da mulher era de surpresa e contentamento. O “eita peste” foi dito com força e firmeza.
A jogada do PRTB é baseada em números, pesquisas e avaliações. Lançar o ex-prefeito foi ainda mais surpreendente do que o anúncio do governador Vilela (PSDB) de que não será candidato em 2014. Se o governador deixou a todos desnorteados – não surpresos porque se falava nessa possibilidade-, o nome de Almeida movimenta o cenário e cria alternativas e possibilidades.
O que estava previsto era que o ex-prefeito seguiria uma candidatura tranquila para deputado federal, inclusive disputando com o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), neste momento, o primeiro lugar em intenções de votos no estado.
Entretanto, com o senador Renan Calheiros (PMDB) patinando ainda se vai ou não concorrer ao governo, Almeida ocupa espaço e vê o cavalo selado passar pela segunda vez rumo à chefia do executivo estadual – a primeira foi em 2010 quando optou por permanecer na prefeitura de Maceió.
Se vai ser candidato ou não só o tempo dirá. Mas fica claro que os partidos da base aliada têm nomes poderosos desde que permaneçam unidos. Divididos fortalecem os adversários. A questão hoje para esses partidos deveria ser não mais a discussão sobre esse ou aquele cargo, e sim o projeto para Alagoas e para a reeleição da presidente Dilma.
Com exceção do senador Fernando Collor (PTB) que concorre naturalmente pela renovação do seu mandato, os demais cargos deveriam ser definidos pelos partidos conjuntamente. Efetivamente o ex-prefeito da capital tem cacife eleitoral e musculatura. Agora é hora de esperar a poeira assentar até o próximo round, até a próxima movimentação.

Voney Malta