Enquanto em várias praias do Brasil existe um movimento organizado para preservação da vegetação litorânea, especialmente a rasteira, em Maceió acontece o contrário.

Não é raro ver o pessoal da Limpeza Urbana promovendo a poda e a queima do jundú.

O flagrante é mais comum na Pajuçara, onde frequentemente observa-se a ação de garis roçando a vegetação rasteira da praia. Por conta disso o vento não encontra resistência natural para levantar a areia e levá-la para as ruas e calçadas à beira-mar.

Um pequeno artigo publicado no oubatubano.blogspot  mostra a importância do jundú e externa  a preocupação da população do litoral norte de São Paulo com a sua preservação: 

“Jundú não é uma espécie de planta e sim um conjunto de vegetação de beira de praia, que vai de rasteiras gramíneas a arbustos que atingem dois metros de altura. Tem plantas comestíveis, ornamentais, floríferas, frutíferas, medicinais. Era no jundú que o caiçara construía seu ranchinho para abrigo de suas canoas, suas redes e materiais de pesca. Não existe praia sem jundú, ou pelo menos não existia, até a ação depredadora do homem. Hoje em muitas de nossas praias, o jundú de vegetação deu lugar ao jundú de alvenaria, são quiosques e muros de concreto que tiraram toda beleza e naturalidade das praias. O jundú é uma barreira natural de contenção do mar, e como “água mole em pedra dura tanto bate até que fura” não ficará em pé um quiosque se quer ou qualquer pedra de concreto que tomou o lugar do jundú. É nosso dever proteger e denunciar qualquer ação de destruição que venha atingir o jundú de nossas praias. E como diz o caiçara: “Praia sem jundú é a mesma coisa que rosto sem sobrancelhas”.

Espera-se que essa conduta predatória tenha fim na orla de Maceió...