Passada a euforia da virada, das vãs promessas de que tudo vai mudar, embora tenham emporcalhado a cidade como sempre com os vestígios da comemoração de mais um ano de vida (?) na despedida do ano que se foi, deveríamos realmente fazer um pacto.
Sim, pacto. Pacto para a verdadeira transformação da sociedade partindo de um ponto muito simples e fácil de mudar: nós mesmos! A partir dessa mudança pessoal podemos exigir com efetiva envergadura moral e exemplar a mudança do outro e da própria comunidade em que vivemos.
Dar exemplos é muito mais eficaz do que dar conselhos que nem mesmo os aconselhadores cumprem.
Das coisas simples às mais complexas. A mudança, ou manutenção daquilo que efetivamente nos faz bem, precisa ser realizada dentro de cada um de nós em primeiro lugar.
Da promessa de uma vida mais saudável, para uma política EFETIVAMENTE saudável, tudo, absolutamente tudo precisa de uma coisa só: ATITUDE!
Todavia, não foi isso que vimos, mais uma vez, na "festa da virada". A cidadania foi esquecida. Os porcalhões deixaram a cidade com os vestígios daquilo que são e fazem no dia-a-dia. Sujeira, muita sujeira.
Mas o discurso nas redes sociais sobre o meio ambiente é estritamente duro e correto com a limpeza dos esgotos, praias etc.
Antagonismos entre ação e discurso, outra vez!
O mesmo, infelizmente, vai acontecer neste ano de eleições. Quantos deputados que não monstraram porque e para que vieram serão reeleitos? Governantes incompetentes e cheio de falsas e mentirosas promessas irão se candidatar novamente. Custo a duvidar que não sejam eleitos.
Irão fazer o jogo sujo novamente de comprar votos, favores etc etc etc e vamos todos agonizar por mais quatro longínquos anos.
Mas as promessas de mudanças a cada dia 31 de dezembro irão se repetir.
Fico pensando. Por quanto tempo essa falsa realidade irá perdurar?
Um dia o homem do espelho vem e lhe cobra o que você fez da vida dele. E você o que vai fazer quando este verdadeiro juízo final chegar?
Discurso de político desonesto?
Talvez seja tarde demais...
