Uma decepção. Assim reputo a filiação de Marina Silva ao PSB. Nada contra o partido socialista, absolutamente nada. Mas o fisiologismo também imperou naquela que considerava uma política que trabalhava com alguma ideologia. Infelizmente me enganei. Como tantos outros, a ex-senadora só queria um palanque para ser candidata, um partido para chamar de seu, independentemente de corrente, filosofia, ideais, IDEOLOGIA!

Se realmente queria uma coisa diferente, um partido diferenciado porque não continuou a batalha para coleta de assinaturas? O fato de não ter conseguido até a data limite para a criação dentro do ano eleitoral fez com que o sonho de algo diferente acabasse? Então todo aquele idealismo era tudo blá-blá´-blá? Era.

Desta forma, a dança das cadeiras, ou a feira dos partidos, como bem acentuou o jornalista Ricardo Mota em seu blogue, fez mais uma decepção neste humilde eleitor de outrora de Marina Silva. Não mais terá meu apoio e voto.

E assim vamos vivendo em uma democracia oca, vazia, sem bússola e ideais, mas construída dentro do império fisiológico da mais valia, do oportunismo barato, das siglas de aluguel, dos amores líquidos e rarefeitos e dos partidos avacalhados, com eleitores abestalhados sendo vítimas dos conchavos dos mequetrefes.

E depois não querem assumir que a violência, a falta de educação, saúde e segurança têm um vínculo umbilical e visceral com esta forma nojenta de se fazer política. 

Só me resta parafrasear o cancioneiro dizendo, "desculpe, morena Marina, mas eu tõ de mal".