Aluga-se um partido. Até 30 de setembro, prazo para as filiações partidárias dos pretensos candidatos a milionários com status de autoridade, o corre-corre vai ser grande. Articulações para espaços políticos, candidatos com “densidade eleitoral” (e algum dinheiro para torrar) vão se aglomerar em torno de “coligações” que lhes permitam uma eleição menos complicada. Projetos, programas e plataformas vão ficar para os marqueteiros, pois o que interessa mesmo, agora, é “a viabilidade eleitoreira”.

Ideologia? Princípios? Tudo em segundo plano. Esquerda, direita, centro, meia-volta volver, oposição, situação, posicionamento político, não, absolutamente nada disso vai interessar aos que vão para a guerra dos votos. O importante agora é ter um partido para chamar de seu e que possa receber os candidatos de braços abertos. A hipocrisia reinante das traições e infidelidades vai ser chamada de “jogo político”. Os inimigos de ontem serão os amigos de infância de hoje e os estranhos de amanhã.

O pano de fundo será a promessa da “mudança” e fotos de “quarentões e cinqüentões” com cara de garotinhos vão ser utilizadas para mostrar que o candidato é jovem e está antenado com o espírito da garotada que foi para a rua fazer bem não sei o quê.

Vai servir também um histórico de lutas etc. e tal, mesmo sabendo que o candidato era um pulha na escola e pagava para passar nas provas mais difíceis e que na vida pública ou privada não fosse aquela ‘ajudinha do além’ seria um zero à esquerda (ou à direita, meia-volta volver).

Até lá vamos todos esperar de camarote mais um circo político e torcer para que tudo isso seja só rabugice do blogueiro que não acredita mais em nada depois que os palhaços perderam a ingenuidade e as vassouras ganharam cinqüenta tons de ouro por essas paragens!