A Lei Maria da Penha completa sete anos neste dia 7 de Agosto. Uma pesquisa realizada pelo DataSenado em março, comprovou que 66% das mulheres do país se sentem mais seguras após a publicação da lei 11.340, de 2006. Em Maceió, palestras detalhadas sobre a Lei, grupos de inserção e mesas redondas, que são realizadas pelos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS), fazem parte da atenção dada à mulher vítima da violência.

No CREAS PAEFI Jatiúca, o trabalho de conscientização sobre a Lei Maria da Penha é focado nas escolas e associações dos bairros atendidos pela unidade. Reuniões de grupos, palestras e distribuição de material informativo orientam a mulher que precisa de auxílio.

“Aqui a gente tem um trabalho intenso de monitoramento das regiões. Estamos sempre ligando para as associações, visitando e abordando a comunidade em geral. Fazemos isso como forma de incentivar às denúncias daquelas mulheres que às vezes nem conhecem seus direitos”, disse Gláucia Cristiane, coordenadora do CREAS, que atende a região que vai do bairro do Poço ao de Ipioca, além das ocorrências na Serraria, Jacintinho e regiões próximas.

No Benedito Bentes, oficinas de artesanatos fazem parte do segundo momento das chamadas “Oficinas de Orientação à Mulher em Situação de Vulnerabilidade”. No primeiro momento, são realizados exercícios que visam o aprendizado dos parágrafos da Lei Maria da Penha. Inseridas no grupo de mulheres do CREAS, elas se reúnem todas às quartas-feiras para assistir os vídeos que ensinam a identificar e orientar outras vítimas. Na região da orla lagunar e Vergel do Lago, a população é convidada a denunciar através de chamamento dos grupos de apoio.

O CREAS tem o papel de trabalhar na proteção social a indivíduos ou famílias que se encontram em situações de violação de direitos e de violência. Vítimas de negligência, abandono, discriminações, maus tratos, dentre outros, são assistidos pelas quatro unidades da capital. O objetivo é resgatar os vínculos familiares e sociais rompidos e apoiar a construção de projetos pessoais e sociais.

Além da assistência dos Centros, as vítimas de violência doméstica também podem procurar as Delegacias Especializadas da Mulher ou ligar para a Central de Atendimento à Mulher no número 180 ou através do Disque 100.